O setor de pedras preciosas de Soledade ganhou destaque nacional nesta quarta-feira, 8 de outubro, ao ser tema de pronunciamento na Câmara dos Deputados, em Brasília. A deputada federal Franciane Bayer (RS) utilizou a tribuna para alertar o Governo Federal sobre a crise que atinge o segmento, reforçando a necessidade de medidas que garantam sua continuidade.
Em seu discurso, a parlamentar recordou que o setor vem enfrentando dificuldades desde as enchentes de 2024, que comprometeram a logística de exportações e agravaram a situação das empresas. Segundo ela, o cenário se tornou ainda mais crítico com a taxação imposta pelos Estados Unidos, que reduziu a competitividade dos produtos brasileiros. “Ocupo esta tribuna para tratar de um grave problema que afeta o setor pedrista do meu estado, especialmente a cidade de Soledade, capital nacional das pedras preciosas. O segmento vem sofrendo com os impactos econômicos, agora agravados pela taxação norte-americana”, declarou Franciane Bayer.
A deputada salientou que pequenas e médias empresas são as mais atingidas, responsáveis por cerca de 3 mil empregos diretos e indiretos. “O Governo Federal precisa agir para socorrer essa atividade, pois além da queda na arrecadação para o município e para a região, há famílias que podem perder sua principal fonte de renda. São vidas impactadas que precisam de atenção e medidas urgentes”, afirmou.
Franciane também reafirmou seu compromisso com Soledade e destacou o papel estratégico da indústria de gemas e joias. “Faço um apelo para que o Governo Federal olhe com prioridade para esse setor, que gera empregos, movimenta a economia e leva o nome do Rio Grande do Sul para o mundo. É um segmento que precisa de fomento para seguir contribuindo com o desenvolvimento do país”, pontuou.
O presidente da Associação dos Pequenos Pedristas de Soledade (Appesol), Marco Antônio Rodrigues de Oliveira, destacou a importância de o tema chegar à pauta federal. “A manifestação da deputada Franciane Bayer demonstra que nossa realidade está sendo ouvida. Precisamos que essa mobilização se transforme em ações concretas, com linhas de crédito, incentivos e apoio técnico para as pequenas empresas continuarem produzindo”, disse.
Marco Antônio ainda reforçou a relevância do diálogo contínuo entre os diferentes níveis de governo. “Esse movimento que começou em Soledade, passou pela Assembleia Legislativa e agora chega a Brasília, é um marco para o setor. Esperamos que, a partir dessa visibilidade, possamos construir políticas efetivas que assegurem a manutenção das atividades e o fortalecimento da nossa cadeia produtiva”, finalizou.