Verno Muller é escolhido como presidente do Instituto Brasileiro do Leite (IBL)

Arquivo / Famurs
Arquivo / Famurs

O Instituto Brasileiro do Leite (IBL) assumirá projetos de fomento e qualificação do setor leiteiro, ações que ficaram em aberto após a extinção do Instituto Gaúcho do Leite (IGL) em setembro. De acordo com o presidente do IBL, entidade criada no final do ano passado, Verno Müller, propostas que já tinham sido aprovadas no âmbito do IGL serão incorporadas pelo IBL e terão prioridade de execução, uma vez que buscam aumentar a qualidade do leite e a produtividade do setor no Estado.

Segundo Müller, um dos projetos é a viabilização de capacitações dos produtores rurais para o melhoramento genético do rebanho gaúcho. “Sabemos que temos muito espaço para avançar nisso”, constata o dirigente. Outra ação será voltada para a qualificação da gestão das propriedades. Müller destaca que a concretização destas ações tem apoio de todas as entidades-membro do IBL, aquelas inclusive que não participavam do IGL, mas que passaram a integrar o novo instituto.

Müller diz que, com a criação de uma nova entidade, se conseguiu “vencer os atritos” que dividiam o setor. “Chegamos ao consenso que precisamos trabalhar todos juntos de olho na competitividade do leite que está presente em praticamente todos os municípios gaúchos”, ressalta. O nome do novo instituto, segundo ele, refere-se à intenção de buscar também recursos federais e desenvolver projetos de abrangência nacional.

No entanto, os projetos só sairão do papel quando o IBL puder acessar recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite/RS). O secretário-adjunto da Secretaria da Agricultura, Luiz Fernando Rodrigues, diz que há uma parceria sendo construída, mas deve se concretizar somente em 2021.

Segundo ele, em setembro, integrantes do Fundoleite se reuniram para debater a forma de utilização dos valores. “Estamos chegando a um consenso histórico para que se consiga abrir um edital e estabelecer os repasses de recursos”.

De 2014 a metade de 2016, o Fundoleite transferiu valores ao IGL para o desenvolvimento de projetos de estímulo à cadeia. Mas o apoio a este instituto nunca teve aceitação de todas as entidades ligadas ao setor. Em julho de 2016, o conselho Deliberativo do Fundoleite decidiu suspender temporariamente os repasses de valores ao IGL, depois de entidades não concordarem com a forma como os recursos estavam sendo aplicados.

O instituto também passou a responder apontamentos do Tribunal de Contas do Estado. Um dos últimos projetos feitos pelo IGL, viabilizado com recursos do Fundoleite, foi a criação do Observatório do Leite, lançado em 2019.

*As informações são do Correio do Povo.