Cherini integra comissão que debate a nova legislação eleitoral

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O Deputado Federal gaúcho, Giovani Cherini (PL), participou nesta semana da programação da Rádio Diário AM 780 de Passo Fundo e comentou sobre um dos temas bastante comentados no Brasil atualmente, o voto impresso. Líder da bancada gaúcha no Congresso, Cherini está na comissão que discute a nova legislação eleitoral e é um dos defensores do voto impresso. “O único país do mundo em que não se pode conferir o voto, para quem ele vai, é no Brasil. Nós (Câmara e Senado) já aprovamos o voto impresso, foi sancionado, mas o Supremo Tribunal Eleitoral não executou alegando falta de recursos. O que tem por trás disso? Temos que acreditar cegamente como se não houvesse possibilidade de burlar, de corromper as urnas eletrônicas, como se não houvesse nenhum tipo de corrupção”, citou.

Para o parlamentar, o voto impresso é fundamental para garantir a democracia. “Estamos trabalhando para uma nova legislação eleitoral, que facilite a vida do eleitor. Eu defendo que os mais votados sejam os eleitos, não com é hoje. Não é justo que um vereador que seja o terceiro mais votado não se eleja e alguém que faça menos voto garanta uma cadeira. É um cálculo simples”, comentou.

Segundo o deputado, o sistema que permitiria a impressão do voto seria bastante simples, semelhante ao uso do cartão de crédito, em que após a compra os detalhes são impressos pela máquina.

Cherini defendeu que o voto impresso também funciona como ferramenta de combate a corrupção.

“Hoje você não tem certeza de nada. A corrupção é sistemática e endêmica, estão em todos os lugares, infelizmente. Não adianta as pessoas dizerem que é só em Brasília. A corrupção está impregnada em todos os meios. Precisamos ter um sistema confiável. Com o voto impresso o cidadão poderá levar a Justiça se ficar dúvida. Se faz a recontagem e pronto, como era antigamente”, colocou.

Questionado sobre a posição do Ministro Luis Roberto Barroso, que teria declarado que o voto impresso poderá dar margem para muita judicialização, Cherini rebateu: “A Justiça é para isso mesmo, para tirar as dúvidas. É óbvio que terão ações, mas as pessoas têm esse direito. Infelizmente o Brasil não é exemplo de honestidade para o mundo. Por isso defendo o voto impresso”, pontuou.

Do Diário da Manhã de Passo Fundo.