Profissionais de salão de beleza e barbearia protestam pela retomada das atividades

Camila Peres / ClicSoledade
Camila Peres / ClicSoledade

Uma carreata a favor da retomada das atividades foi organizada pelos profissionais de salão de beleza e barbearias, que contou com apoio de comerciantes. O ato aconteceu na manhã desta sexta-feira, 12/3, em Soledade, onde os representantes destas categorias manifestaram sua insatisfação por não poder trabalhar, em razão da bandeira preta.

Pablo Marin, profissional da área da beleza, explica que a classe não é contrária as medidas de segurança. “Nosso setor trabalha atendendo um cliente por vez, com horário agendado, mantendo todos os cuidados, inclusive antes da pandemia. Por isso, queremos que nossas atividades sejam incluídas nos serviços essenciais”, afirma.

Ele pontua que já estão há praticamente 15 dias sem poder trabalhar. “Temos famílias, onde para muitos esta profissão é o único sustento. Da mesma forma, as contas estão chegando e não temos de onde tirar para pagar. Nós só queremos poder voltar a trabalhar, de forma segura, porém não temos mais como esperar”, garante.

A manifestação também teve apoio de representantes do comércio. “Quem está causando o aumento do número de casos não é nós comerciantes, e sim as aglomerações e festas noturnas. Cremos que as autoridades vão ser sensíveis a nossas reivindicações, que é atender um ou dois clientes por vez. Não queremos grandes vendas, somente o mínimo para subsistência”, pontua Nelson Aguiar.

Gustavo Baldissera, presidente do legislativo, também participou da manifestação, demonstrando apoio da Câmara de Vereadores. “Não podemos mais aceitar que o comércio e setor de serviços continuem de portas fechadas, as pessoas querem trabalhar, gerar emprego e renda. O legislativo apoia esse movimento, que é legítimo e democrático, que o governo possa rever esta questão e deixar que continuem trabalhando, obedecendo aos critérios de segurança”, declara.

Marilda Borges Corbelini, prefeita de Soledade, relata que já foi reivindicado ao governo para que retome a cogestão. “Há duas semanas, tínhamos esta possibilidade de flexibilizar, mesmo estando na bandeira preta. Com certeza esta situação de colapso não se deve ao comércio e serviços, que sempre mantiveram os protocolos e cuidados”, observa.

Por fim, Pablo considera que a manifestação foi positiva. “Ficamos muito felizes com a participação expressiva dos segmentos, o apoio que tivemos. Foi um ato pacífico e ordeiro, onde o intuito foi chamar a atenção do Governo, sendo que agora vamos encaminhar um ofício solicitando que seja liberado para voltar a trabalhar de forma segura”, conclui.