Uma parcela da população soledadense não tem obedecido algumas normas expressas em decretos municipais e estaduais para enfrentamento a Covid-19. Diante disso, o executivo de Soledade, Ministério Público, Brigada Militar e Hospital de Caridade Frei Clemente se uniram para pedir aos munícipes que respeitem as orientações.
O prefeito Paulo Cattaneo salienta que o setor produtivo do município tem agido de forma correta, tomando todas as precauções. “Observamos também a colaboração da população, porém não na sua totalidade. Existem alguns cidadãos com condutas irresponsáveis, colocando sua vida em risco e de seus semelhantes, realizando aglomerações, especialmente aos finais de semana”, observa.
Desde a instituição do distanciamento controlado no Estado, Soledade esteve por uma semana na bandeira vermelha, onde as atividades econômicas estiveram restritas. “Há 6 semanas que estamos na bandeira laranja e tivemos a percepção que a comunidade, talvez poucos, nem todos, ao verificarem esta estabilidade, foram flexibilizando seus cuidados e isso é perceptível na rotina da cidade”, pontua o promotor Rodrigo Louzada.
Ele segue dizendo que este sentimento de que as coisas não estão acontecendo e relaxamento nos cuidados têm preocupado o Ministério Público. “Não queremos ver nosso município e região incluída na bandeira vermelha na semana que vem. A responsabilidade é de todos, por favor respeitem as normas sanitárias e o distanciamento social”, completa.
O tenente Gilberto Vaz Pinto destaca que uma das missões constitucional da Brigada Militar é a manutenção da ordem pública. “Peço aqui o auxílio da comunidade soledadense, que cumpram as normas. Da mesma forma como as pessoas já nos ajudam denunciando o cometimento de crimes, façam o mesmo nesta situação”, assinala.
O policial pede ainda que haja colaboração, que não saiam as ruas sem portar a máscara, não fazer consumo de bebidas alcoólicas, entre outros. “Vamos agir de forma consciente para evitar que a Brigada Militar precise intervir nesta questão e sim voltar sua atenção para a segurança pública, que é o fim principal da sua existência”, acrescenta.
Carlos Alberto Rocha, presidente do Hospital de Caridade Frei Clemente, assinala que se prepararam para atender os casos de Covid-19. “Montamos uma UTI com seis leitos, porém ela não é só para Soledade, é estadual, e quem regula é a Central de Leitos da Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul. Hoje está lotada, com gente de vários lugares do Estado”, informa.
Também tem outros 18 leitos na área de isolamento para tratamento do Covid-19. “Vários deles estão ocupados, sendo que semanas atrás estavam vazios, mas a realidade mudou nos últimos dias. O hospital é para comunidade, mas precisamos que também se proteja, temos estrutura, mas temos limite de atendimento. É preciso e importante não afrouxar os cuidados, cada um fazendo sua parte vamos vencer”, garante.
Por fim, Cattaneo conclama a comunidade soledadense para que tenha uma conduta responsável, agindo de forma coletiva em favor da vida, da saúde de todos. “Por consequência, isso vai evitar que nosso setor produtivo igualmente não seja prejudicado pela irresponsabilidade individual ou coletiva. Vamos ser responsáveis, cada um fazendo a sua parte”, conclui.