O Rio Grande do Sul tem sofrido nos últimos meses com a escassez de chuva, o que tem provocado reflexos especialmente na agricultura. Para saber como está a situação em Soledade, lideranças ligadas ao setor primário se reuniram na manhã desta terça-feira, 10/3, na Prefeitura Municipal, como também debateram sobre o assunto.
O prefeito Paulo Ricardo Cattaneo pontua que o município decretou situação de emergência em 13 de janeiro, sendo que no dia 26/2 foi homologado pelo Governo do Estado e no dia 3/3 pela União. “Nós estamos entre as regiões mais prejudicadas e agora é preciso economia e principalmente evitar o desperdício”, salienta.
Aline Maciel, coordenadora da Defesa Civil no município, falou das ações realizadas. “Montamos o Plano Detalhado de Resposta (PDR), onde já foi aprovado a instalação de caixas de água. Agora, vamos montar um plano de trabalho para ser encaminhado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, visando recursos para perfuração de novos poços, açudes, irrigação”, disse.
Camila Mello, gestora do escritório local da Corsan, pontua que o consumo em Soledade está muito alto. “Dos 5 milhões de litros/dia e agora passou para 8 milhões, e além disso, o desperdício está grande. Nosso sistema está operando 24h e os motores acabam não aguentando e quebram, com excesso de esforço”, destaca.
Com relação aos vazamentos, ela informa que ao todo são 16 registros. “O atendimento está acontecendo de maneira decrescente, ou seja, primeiramente vamos naqueles de maior gravidade. Estamos com duas frentes de trabalho, onde os servidores estão em atividade de 16 a 18 horas por dia para atender as necessidades”, finaliza.
A reunião também teve a presença de alguns gerentes de instituições financeiras estabelecidas no município. Na ocasião, eles relataram que existem recursos para aqueles que fizeram seguro, porém também se aguarda que os Governos Estadual e Federal sinalizem com medidas emergenciais para atender os agricultores.
