O abrigo municipal Alexandre Rauber Ortiz, em Soledade, está recebendo doações de roupas de inverno, especialmente para adolescentes. A instituição acolhe crianças e jovens afastados do convívio familiar por determinação judicial, oferecendo cuidado integral até que possam retornar para suas famílias ou serem encaminhados a novas formas de convivência.
Segundo a coordenadora e psicóloga do abrigo, Helen Viana Klein, atualmente sete acolhidos residem no local – sendo cinco adolescentes entre 13 e 16 anos, além de duas crianças pequenas. “Temos adolescentes que já estão conosco há bastante tempo e outros em processo de aproximação com familiares. Trabalhamos sempre para que esse tempo seja o mais breve possível”, explicou.
A estrutura conta com equipe técnica e cuidadores 24 horas por dia. Os acolhidos recebem acompanhamento psicológico, médico e de enfermagem, além do suporte afetivo prestado pelos profissionais. “A gente tenta construir aqui um ambiente o mais familiar possível. Eles são acolhidos com respeito e todo o carinho que podemos oferecer”, ressaltou Helen.
Apesar de o fornecimento de alimentos ser garantido pela Prefeitura, a maior demanda do momento são roupas adequadas para o frio. “Precisamos de jaquetas, moletom, malhas e calçados em tamanhos grandes, principalmente femininos. Como são adolescentes, eles gostam de variar e usar peças diferentes”, comentou.
As doações podem ser entregues diretamente no abrigo, que possui atendimento em tempo integral. “Nossa equipe está sempre aqui. De segunda a sexta, eu mesma atendo das 7h30 às 18h. Quem quiser doar, é só chegar”, afirmou a coordenadora.
Além das doações materiais, a participação da comunidade também é importante no vínculo com os acolhidos. Ações como festas em datas especiais ou entregas de alimentos prontos são recebidas com entusiasmo. “Na Páscoa, por exemplo, tivemos apoio da Promotoria e da Secretaria da Assistência. Também há pessoas que passam aqui nos finais de semana para trazer uma pizza ou um lanche. Isso faz diferença para eles e mostra que estão inseridos na sociedade”, concluiu Helen.