Cotrijal lança ração peletizada

Vaca sorrindo é coisa de desenho animado? O produtor Ari Schneider garante que não! A vaca que está produzindo mais leite na propriedade – 52 litros/dia – “faz cara de feliz” quando come a ração peletizada da Cotrijal. E não só ela, mas todas as 17 vacas em ordenha.

O produtor comemora o fato dos animais estarem satisfeitos porque isso reverte em mais leite no tanque. “A ração é excelente. É agradável ao paladar das vacas e facilmente digerida e isso se percebe porque não restam resíduos no esterco”, afirma.

A produção – 500 litros/dia – não está no teto desejado por Ari, porque nos últimos três anos a falta de chuvas afetou a qualidade da silagem e do pasto que ele usa para complementar a dieta e também causou estresse nos animais. Mas a expectativa é recuperar a média. “Já alcancei média anual de 33 litros por vaca, mas demora um pouco para recuperar o impacto do clima”, justifica.
A propriedade, em Santo Antônio do Planalto, trabalha com 12,5 hectares para o leite. Ari fornece a ração conforme o volume de produção e o período de cada vaca, variando de 2 e 11 quilos/dia/animal. As recém-paridas e com alta produtividade são as que mais recebem ração.

A propriedade

– 17 vacas em ordenha
– 35 animais de rebanho total
– 12,5 hectares para produção de leite
– 3 toneladas de ração por mês
– 29 litros/vaca/dia de produção

PROCESSOS MODERNOS VISANDO QUALIDADE

A Cotrijal começou a trabalhar com produção de rações na década de 1980. Nos anos 1990, a fábrica foi registrada no Ministério da Agricultura e passou a investir em qualidade de produto para melhorar os resultados nas propriedades de leite e também na suinocultura, pois na época a cooperativa havia instalado unidade produtora de leitões. Em 2010, as duas unidades produtoras de leitões foram vendidas para a Alibem, mas a cooperativa continuou produzindo toda a ração suína para a empresa.

Com o crescimento da área de atuação da cooperativa aumentou também a demanda de ração para bovinos de leite. “Há cerca de 11 anos, pela falta de espaço e impossibilidade de adaptar a estrutura e os equipamentos que tínhamos, optou-se por construir duas novas plantas, uma para aves e suínos e outra para bovinos, totalmente independentes, que levaram a fábrica a se tornar um negócio sustentável e que agrega valor aos negócios com grãos”, explica o gerente da fábrica, Marlon Petry.

Marlon recorda que há 25 anos a fábrica produzia em um ano o que se produz hoje em uma semana. “A partir de 2015, duplicamos a produção de rações para suínos, pelo aumento da demanda da Alibem. Nos bovinos, quadruplicamos a produção nos últimos anos e temos condições de crescer mais. O volume total que sai da fábrica hoje se equivale a 65 caminhões por dia”, relata.
A expectativa de crescimento maior ocorre a partir da peletização. Para abrir novos mercados, Marlon afirma que o foco é a qualidade do produto e do serviço. “O lema é: a primeira entrega tem a responsabilidade de fazer a segunda”, afirma.

PRODUTO E SERVIÇO APROVADO

A Cotrijal Rações tem avançado em mercado em várias as regiões produtoras do Rio Grande do Sul, tanto na bovinocultura de leite quanto na de corte. No Vale do Taquari, um dos produtores atendidos é Giovani Cozer, de Vespasiano Corrêa. Ele e os pais Julmir e Luci trabalham com 56 vacas em ordenha e há seis meses utilizam as rações da cooperativa. No inverno, os animais ficam sempre no free stall. No verão, durante a noite, saem do free stall para a pastagem de tifton.

Giovani elogia o atendimento da cooperativa. Começou usando a ração farelada e passou para a peletizada tão logo a Cotrijal iniciou a produção. “Já tínhamos ouvido falar da seriedade da cooperativa. Testamos o produto e o serviço e aprovamos”, afirma.

O produtor comemora os resultados já alcançados. Com ajustes na dieta e posicionamento de produto, a produção subiu de 29 para 36 litros/vaca/dia nos seis meses trabalhando com a Cotrijal. Além disso, o custo diminuiu.

“Antes, comprávamos o farelo de soja, o sal mineral e o tamponante e misturávamos com o milho moído na propriedade, pois temos secador. Agora, só misturamos o milho na ração que compramos da cooperativa. Diminuiu o custo e facilitou o serviço e ainda temos mais leite no tanque”, comemora.

BONS RESULTADOS TAMBÉM EM SANTA CATARINA

Em União do Oeste, Santa Catarina, a ração peletizada da Cotrijal gerou incremento de produtividade na propriedade de Renan José Serraglio, de 26 para 29 litros/vaca/dia. Além disso, a rentabilidade melhorou. “Uso ração peletizada há mais de dez anos, mas vi grande diferença na da cooperativa”, afirma o produtor.
Para justificar a avaliação positiva, ele conta que o caixa da propriedade está com dinheiro extra desde que passou a usar a nova ração. “No mês que iniciamos com a Cotrijal, esses três litros a mais produzidos, vendidos a R$ 3,30 o litro, mesmo gastando R$ 3,2 mil extras com a ração da cooperativa em relação à ração que eu comprava antes, fizeram sobrar R$ 10 mil a mais no meu caixa”, avalia o produtor.

Ele trabalha com 45 vacas em ordenha. A atividade é conduzida em parceria com a mãe, Sedinei, e com a irmã, Eduarda, e também com o apoio da namorada Adrieli. Além do incremento de produtividade, Renan notou melhora no escore das vacas, redução nos problemas de casco e pelo mais liso.

Renan conheceu a ração da Cotrijal através de Daivan Trentin, médico veterinário responsável pela assistência reprodutiva na propriedade.

MAIS RENDA PARA A COOPERATIVA E OS PRODUTORES

Na avaliação do coordenador Comercial Rações da Cotrijal, Eduardo Bosse, o novo produto agrega qualidade, segurança e desempenho econômico para as propriedades. “Temos crescido em participação no mercado de rações no Rio Grande do Sul e agora também em Santa Catarina devido, principalmente, à qualidade da ração e dos serviços prestados”, explica.

Hoje, 43% da ração comercializada pela cooperativa, tanto farelada quanto peletizada, vai para clientes em municípios fora da região com unidades Cotrijal. E a peletizada tem crescido em consumo. “Esse crescimento beneficia a cooperativa como um todo, pois traz mais renda para dentro da organização e dilui custos fixos da fábrica”, afirma Bosse.

Nos municípios com unidades Cotrijal, a equipe de fomento dá assistência aos produtores e ajusta a dieta para melhor retorno no leite. Nos demais municípios, o atendimento se dá através de 12 representantes comerciais.

“A qualidade do produto e do serviço foi o que me motivou a começar a trabalhar com a Cotrijal Rações, há três meses”, revela Tiago Lettrari, representante comercial que há 15 anos atua nesse segmento e atende a propriedade de Renan Serraglio e cerca de 100 outros produtores, no norte do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.