Reforma Tributária é Tema Central na Abertura da 40ª Expoagas

Mauricio Orsolin / ClicSoledade
Mauricio Orsolin / ClicSoledade

Durante a abertura da 40ª Expoagas, ocorrida na manhã de terça-feira (22), a reforma tributária emergiu como o tema principal nos discursos de autoridades e líderes empresariais. As propostas de mudanças na cobrança de impostos geraram intensos debates tanto em público quanto nos bastidores.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, reafirmou sua “convicção” na segunda-feira de que a reforma será promulgada até dezembro deste ano.

O governador Eduardo Leite, responsável pelo corte da fita inaugural da feira, expressou sua insatisfação com o atual modelo tributário, defendendo sua simplificação. Ele salientou a necessidade de os empresários focarem em empreender, ao invés de se perderem em um sistema tributário intrincado.

Gabriel Souza, vice-governador, ecoou o sentimento de Leite ao apontar que supermercadistas brasileiros dedicam, em média, 1.501 horas somente para calcular seus impostos. Ele ressaltou que a simplificação poderá resultar em um significativo impulso no PIB nos anos vindouros.

Antônio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), alertou sobre a falta de consenso entre diferentes setores, apontando que cada segmento procura seus respectivos governantes em busca de regulações específicas.

Vilmar Zanchin, presidente da Assembleia Legislativa, mostrou sua preocupação sobre certas decisões tomadas na Câmara Federal e destacou a esperança de que não haja aumento tributário que afete tanto produtores quanto consumidores.

João Galassi, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), e Rafael Mattos, presidente do Grupo Vow e membro do Comitê de Reforma Tributária da Abras, focaram na questão dos impostos aplicados sobre a cesta básica nacional, enfatizando a necessidade de proteger os itens essenciais da população.

Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre, propôs uma visão alternativa, argumentando que a redução de alíquotas pode de fato aumentar a arrecadação, ao desestimular práticas de sonegação. Segundo ele, o município já diminuiu a carga tributária em 39 frentes sem observar perdas na arrecadação.