Violência doméstica contra mulher foi tema de encontro dos Gestores da Assistência Social da AMASBI

O Colegiado dos Gestores Municipais da Assistência Social da Associação dos Municípios do Alto da Serra do Botucaraí – COGEMAS / AMASBI esteve reunido na tarde desta quarta-feira, 01/09, no município de Mormaço.

O encontro, que foi conduzido pela presidente COGEMAS / AMASBI e Secretária de Assistência Social do município de Mormaço, Mônica Vogl, teve a participação da Delegada da 24ª Região Policial, Fabiane Bittencourt.

O tema abordado durante a reunião foi sobre a Violência Doméstica contra a Mulher e a atuação dos gestores nesses casos. “Este assunto é muito recorrente para todos nós, pois a Assistência Social faz parte da rede de proteção, e assim precisamos estar bem orientados de como proceder para ajudar a vítima da melhor forma possível”, afirmou Mônica.

A Secretária lembrou do Agosto Lilás, o qual o mês inteiro foi dedicado a este tema. “É uma campanha importante, pois tem ações que vão da conscientização à denúncia. É preciso despertar na sociedade quão importante é ter uma mobilização para coibir todas as formas de violência contra a mulher, contudo precisamos dar continuidade nas ações”, pontuou.

A campanha foi criada em referência à sanção da Lei Maria da Penha (Lei Federal nº 11.340/ 2006), assinada no dia 7 de agosto e que completou 15 anos. Um dos motes do “Agosto Lilás” é a divulgação da lei que foi elaborada justamente para amparar as mulheres vítimas de violência, seja ela física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial.

A Delegada Fabiane Bittencourt, durante sua exposição, apresentou o trabalho realizado frente a 24ª Região Policial com relação aos crimes envolvendo os mais vulneráveis, e nesse caso também a violência doméstica contras as mulheres. “Em Soledade implantamos a Sala das Margaridas, um local adequado para prestar atendimentos às mulheres vítimas de violência. Este é um projeto padrão da Polícia Civil, onde buscamos prestar um atendimento mais humanizado a elas. Inauguramos também a sala em Arvorezinha, bem como pretendemos ativar em Espumoso e Tapera”, assinalou.

Além disso, conforme a Delegada, os policiais da 24ª Região Policial estão preparados para receber e atender estas vítimas de violência doméstica. “Prestamos orientações a elas, desde encaminhamentos para auxílio psicológico, assistência jurídica, entre outros. Temos também sempre uma policial mulher de plantão em nossas delegacias, para melhor auxiliar no atendimento”, completou Fabiane.

De acordo com a Delegada, desde o início da pandemia do novo coronavírus, mulheres passaram a ficar 24 horas em casa, muitas vezes, com seus agressores. “Apesar de outros índices terem sofrido uma queda acentuada, o da violência contra mulher se manteve constante. Na 24ª Região Policial, são registradas em média de 7 a 8 ocorrências deste tipo por dia”, contou.

A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita em delegacias e órgãos especializados, onde a vítima procura amparo e proteção. O “Ligue 180”, central de atendimento à mulher, funciona 24 horas por dia, é gratuito e confidencial. O canal recebe as denúncias e esclarece dúvidas sobre os diferentes tipos de violência aos quais as mulheres estão sujeitas.

Mesmo que a vítima não registre Boletim de Ocorrência contra o agressor, vizinhos, amigos, parentes ou desconhecidos também podem utilizar o Ligue 180 ou ir a uma delegacia para denunciar uma agressão que tenham presenciado.

Ainda durante o encontro, os gestores presentes compartilharam experiências e relatos de casos que aconteceram em seus municípios e os encaminhamentos que foram dados. A Delegada enfatizou a todos que é muito importante e se deve incentivar a denúncia deste tipo de violência, bem como dos municípios terem programas de acolhimento a estas vítimas.

A presidente do COGEMAS / AMASBI avaliou positivamente a reunião, especialmente pelo assunto debatido ser recorrente as Assistências Sociais dos municípios integrantes da AMASBI. “Precisamos estar atentos a tudo isso, e sempre procurar formas de combater a violência doméstica contra a mulher e também ao mesmo prestar um atendimento acolhedor a estas vítimas”, finalizou Mônica.

Na reunião também foi apresentada a exposição “Amor não combina com Dor”, da Comandante Nádia, que mostra uma cronologia da Lei Maria da Penha, desde 2006, ano a ano com os casos mais famosos de violência contra a mulher. A exposição é retratada por fotos, manchetes de jornais e números sobre a violência de gênero.