Soledadense que mora em Hong Kong fala de como conviveu com a pandemia

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

O novo coronavírus foi identificado pela primeira vez em Wuhan, na província de Hubei, na China em dezembro. Distante 919Km, Hong Kong registrou os primeiros casos na metade do mês de janeiro, o que fez com que o governo tomasse uma série de medidas, como isolamento, fechamento de fronteiras e de espaços públicos.

O jogador soledadense Everton Camargo, de 28 anos, mora no continente asiático há 5 anos, junto com sua esposa Marieli, de 25 anos, e o filho Bernardo, de 6 anos. De férias no Brasil, ele chegou em Soledade no dia 22 de abril, já que houve uma parada nos jogos. Já sua esposa e filho vieram antes, no início de fevereiro.


Ele conta que desde que surgiu o primeiro caso, as pessoas tiveram muita consciência e seguiram as orientações do governo de isolamento e não frequentar locais públicos. “As primeiras ordens foram fechamento de parque de diversões, praças, assim como as fronteiras entre Hong Kong e China”, relata.

Everton comenta que alguns estabelecimentos comerciais não abriram, escolas suspenderam as aulas e as pessoas começaram a sair nas ruas de máscaras. “Já é costume da população usar, uma vez que quando estão resfriados eles usam, são muito responsáveis e respeitam todas as medidas e ordens do governo. Creio que isso ajudou a estabilizar o Covid-19”, afirma.


Ao falar de seus hábitos e de sua família neste período, diz que procuravam ficar o máximo possível em casa. “Quando precisávamos sair para fazer alguma coisa, nós tomávamos as medidas corretas e quando voltávamos, trocávamos calçados e a roupas, além de toda a higienização correta”, relata.

Everton é atacante do Eastern e sua rotina de treinos permaneceu normal no início, depois teve uma parada de duas semanas, retornando e em abril paralisou novamente, onde segue até hoje. “Foi então que decidi vir para o Brasil visitar meus pais e ficar perto da minha esposa e do meu filho”, observa.


Ele diz que sua viagem foi tranquila e que os voos que pegou estavam praticamente vazios, com apenas 15 ou 20 passageiros no máximo. O único procedimento que passei foi em São Paulo, que mediram minha temperatura. Ao chegar em Soledade, fiz minha quarentena de 14 dias, fiquei isolado de todos e graças a Deus não apresentei nenhum sintoma”, esclarece.

O jogador observa que quando pediu para sua esposa e filho virem para o Brasil não imaginava que o vírus chegaria tão rapidamente aqui. “Quando cheguei vi que a situação já estava bem crítica pelo fato das pessoas não levarem muito a sério, por pensarem que é brincadeira ou até mesmo uma simples gripe”, ressalta.


Em Soledade ele conta que não mudou os hábitos que tinha lá em Hong Kong. “Quando precisamos sair usamos máscaras e sempre com álcool gel acompanhado para evitar risco de contaminação. Evitamos qualquer tipo de aglomeração, pois já passamos por essa situação. Espero que todos tenham essa consciência e quem puder fique em casa, proteja sua família”, enfatiza.

O clube em que Everton joga pediu para retornar no dia 20 de junho, mas em virtude da situação que está no Brasil, ele revela que tem planos de voltar antes desta data. “Pensamos em viajar já no começo do próximo mês, uma vez que em Hong Kong já está tudo normalizado, retornando a vida normal”, conclui.