Em ato simbólico, Leite entrega chave do Piratini a Ranolfo Vieira Júnior

Ricardo Giusti
Ricardo Giusti

O novo governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), recebeu a “chave” do Palácio Piratini e o comando do Estado do agora ex-governador Eduardo Leite (PSDB) na noite desta quinta-feira, dia em que a sucessão foi formalizada via decreto. Em ato com assinatura da ata de transmissão, o chefe do Executivo assumiu oficialmente o cargo das mãos de Leite. Mais cedo, Vieira Júnior foi empossado em cerimônia no plenário da Assembleia Legislativa.

Depois da assinatura, um vídeo sobre os feitos do governo foi exibido para os presentes. A sala residencial do local contou com a presença de apoiadores, equipes de governo e familiares. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, também acompanhou o ato. “Obrigado Ranolfo, por essa parceria, que me dá absoluta segurança da decisão que estou tomando. Este movimento que estou fazendo. Tenho certeza que o RS estará muito bem conduzido”, disse Leite.

“Com a mesma simplicidade e humildade que me guiou me apresento aqui pra ser a liderança desse estado nos próximos meses”, disse Vieira Júnior, em sua primeira manifestação como governador dentro do Palácio Piratini. “As corajosas reformas que fizemos nos conduziram a um estado que honra seu compromissos, investe e inova. Vai além de suas divisas”, acrescentou.

Aos 55 anos, Ranolfo Vieira Júnior é o 27ª governador do Rio Grande do Sul. Vice na chapa vencedora em 2018, ele assume o governo do RS até o final do ano. Natural de Esteio, o novo governador é servidor público há 36 anos e atuou ao lado de Leite desde 2019. Durante a gestão, além do cargo de vice, acumulou a Secretaria de Segurança Pública, pasta pela qual anunciou diversos incrementos, principalmente em estrutura policial, como viaturas, armas, equipamentos e reposição de efetivos.

Vieira Júnior é formado em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Ingressou na Polícia Civil em 1998, como delegado, em Rio Grande. Na função, dirigiu o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) por seis anos, liderando diversas operações de combate à criminalidade no Estado.

Por quatro anos, foi chefe de Polícia do Rio Grande do Sul, onde criou o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e presidiu o Conselho Nacional de Chefes de Polícia Civil.

Linha de sucessão

O ex-vice-governador do Rio Grande do Sul e agora chefe do Executivo estadual não contará com um vice ao longo de sua gestão de nove meses. Quando a renúncia acontece, o vice assume e seu cargo não é reocupado.

Em caso de ausência, quem naturalmente assumiria o governo em exercício seria o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Valdeci Oliveira. No entanto, para concorrer à reeleição, ele não pode assumir. Deste modo, quem está na linha sucessória é a presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), a desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira.

Do Correio do Povo