Equipes de salvamento resgatam 787 pessoas no Vale do Taquari em 36h

Maurício Tonetto/Governo RS/Divulgação
Maurício Tonetto/Governo RS/Divulgação

O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul, Coronel José Carlos Sallet de Almeida e Silva, acompanhou os trabalhos de resgate e salvamentos no centro operações da Defesa Civil, no Parque de Imigrante em Lajeado, nesta terça-feira (5), de onde coordenou o trabalho de um vultoso contingente de 110 bombeiros militares no Vale do Taquari.

Ao final do dia, o subcomandante fez um rescaldo em entrevista para a Rádio Independente sobre os trabalhos que iniciaram na segunda-feira (4), que culminou com o resgate de 787 pessoas em toda a região. Destes, 31 por via aérea pelos helicópteros do Corpo de Bombeiros, Brigada Militar e Força Aérea. O Governo do Estado confirmou a morte de 21 pessoas no vale no maior desastre registrado até então.

Os trabalhos da madrugada de segunda para terça-feira foram marcados pela forte correnteza, que impediu a atuação de profissionais e voluntários nos pontos mais críticos. Com a experiência de 30 anos no Corpo de Bombeiros, Collet foi definitivo com relação às condições enfrentadas na região. A noite acabou marcada pela chuva que trazia tons ainda mais melancólicas para aquele momento difícil. “Não havia condições de nenhuma embarcação na noite passada em determinados locais, tendo em vista a correnteza”, conclui.

Com a chegada da água em grande volume e de maneira rápida, o Corpo de Bombeiros fez o deslocamento de veículos náuticos de Porto Alegre, Canoas, Santa Maria, Ijuí, Santo Ângelo, Santa Cruz e Passo Fundo. Assim como os veículos, as guarnições também são provenientes de diversos quartéis e, agora, deverão ser revezadas, após o trabalho de 36 horas.

O Coronel Sallet menciona que a prioridade segue sendo a de resgatar pessoas com vida, prestar auxílio para a localização de familiares e, no pior cenário, a busca por pessoas em óbito.

Da Rádio Independente