Complexo da GM em Gravataí será oficina para conserto de respiradores no RS

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Há mais de uma semana a produção de carros pela planta da General Motors (GM), em Gravataí está parada, em férias coletivas, mas quem disse que, em meio à crise provocada pela pandemida de coronavírus o maior complexo industrial da região ficará parado. A partir desta segunda (30), a fábrica de Gravataí será uma das “oficinas” mobilizadas em todo o país para o conserto de respiradores mecânicos danificados ou fora de uso. Todo o trabalho será feito por funcionários voluntários.

De acordo com a assessoria de imprensa da GM, ainda não há definição de quantos trabalhadores serão mobilizados para a operação de guerra contra o coronavírus. Tudo dependerá da demanda no Rio Grande do Sul. A estimativa é de que, em todo o país, há pelo menos três mil aparelhos respiradores inoperantes. Este equipamento é fundamental no atendimento a pacientes com sintomas agravados de Covid-19.

A montadora lidera um movimento centralizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com outras nove grandes indústrias do país. Ao todo, serão 25 pontos de manutenção no Brasil, sendo dez em unidades do Senai e 15 nas plantas da GM, ArcelorMittal, Fiat Chrysler Automóveis, Ford, Honda, Jaguar, Land Rover, Renault, Scania, Toyota e Vale.

“Colocamos a nossa expertise, instalações e força de trabalho voluntário técnico à disposição das autoridades. Este é o momento de usarmos todas as armas que temos contra este vírus e a GM fará tudo o que está ao seu alcance para ajudar o Brasil e o mundo a passarem por este momento difícil”, declarou Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul.

Nos Estados Unidos, a montadora também foi chamada a fabricar os respiradores. Aqui, o gerente de inovação da GM, Carlos Sakuramoto, foi procurado pelo Ministério da Economia para coordenar essa ação.

“Neste momento, em paralelo ao levantamento que está sendo feito do número, localização e modelo dos equipamentos parados, estamos treinando virtualmente nosso corpo técnico voluntário e preparando salas nas operações da GM no Brasil para realizarmos os reparos na semana que vem”, explica o engenheiro.

O treinamento é coordenado pelo Senai e a Associação Brasileira de Engenharia Clínica (Abeclin).
Cada vez que houver, a partir desta segunda (30), a demanda pelo conserto de algum aparelho respirador na rede de saúde gaúcha, o equipamento será buscado no hospital e levado até o complexo da GM em Gravataí. O objetivo, garante a montadora, é consertar 100% dos aparelhos.

*As informações são do Correio de Gravataí, por Eduardo Torres.