Utilização do álcool em gel requer cuidados para evitar queimaduras na pele

Foto: Camila Pellin | Diário
Foto: Camila Pellin | Diário

Para tentar impedir a proliferação do novo coronavírus, como uma forma de prevenção, o álcool em gel virou um aliado na higienização das mãos. No entanto, é precisa tomar alguns cuidados pois o produto pode causar queimaduras, irritações na pele e intoxicação em crianças pequenas, conforme alerta a dermatologista Flávia Pereira Reginatto.

A médica relembra que o álcool em gel deve ser utilizado apenas quando não é possível lavar as mãos. Ou seja, quando se está em casa, não é necessário fazer o uso do produto, basta lavar as mãos com sabonete (não precisa ser bactericida) durante 20 segundos, conforme recomenda a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Dentro de casa, o álcool em gel ou líquido 70% deve ser utilizado para limpar superfícies de contato como a maçaneta das portas e produtos que venham de fora.

Mas, quando a utilização for necessária, a dermatologista destaca que é preciso alguns cuidados, pois é comum surgirem dermatites de contato, que são irritações da pele, e podem ocorrer nas mãos e face e nesse caso, pelo álcool ser volátil, pode acontecer até mesmo nas pálpebras. “A pele fica mais ressecada, vermelha e descamando. Podendo até mesmo ocasionar fissuras, que são pequenas áreas onde a pele fica desprotegida, aumentando a chance de infeções bacterianas”, explica Flávia.

Além disso, existe o risco de intoxicação em crianças pequenas que são atraídas pelo colorido do álcool em gel e podem se intoxicar com a ingestão do produto, mesmo de uma pequena quantidade. Ou seja, mantenha longe do contato de crianças. No entanto, as complicações mais graves são as queimaduras que podem ser ocasionadas.

Isso porque o álcool em gel pega fogo e tem uma chama quase imperceptível. Uma jornalista de Santos, no litoral de São Paulo lavou as mãos após chegar em casa e passou o álcool em gel e foi esquentar comida. No momento não percebeu que sua mão estava queimando, só depois sentiu ardência e reparou a vermelhidão no local, conforme reportagem da Agência Brasil. Ou seja, o exemplo mostra que é preciso ter cuidado ao passar o produto e acender o fogão da cozinha ou até um cigarro.

A dermatologista destaca que o mais importante é a prevenção da queimadura. Cuidar para não deixar álcool em gel ou mesmo o líquido próximo a superfície quente ou que possa tornar-se aquecida, como na cozinha. Além de cuidar para que o produto esteja sempre bem fechado.

*As informações são do Diário da Manhã.