Soledadense é preso na terceira fase da operação Fim da Linha

Divulgação / PC
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Um homem residente em Soledade foi preso na manhã desta terça-feira, 12/07, na terceira fase da operação Fim da Linha, realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas – DRACO, de Passo Fundo, com apoio do 3º BPChoque.

A operação visa o combate à organização criminosa, tráfico de drogas, comércio ilegal de armas de fogo e lavagem de dinheiro. As ações foram realizadas nas cidades de Passo Fundo e Soledade.

Foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, 12 de prisões preventivas e bloqueio de 20 contas bancárias.

Em Soledade foi preso no bairro das Fontes um indivíduo de 38 anos, já conhecido pela polícia local, por associação ao tráfico de drogas, ele foi conduzido para o Presídio Estadual de Soledade, ficando a disposição da justiça.

Durante a Operação hoje foram realizadas 10 prisões preventivas, 6 prisões em flagrante e 1 prisão de foragido. Apreensão de 3 motocicletas e 6 veículos, 5 armas de fogo, munições, 20 mil reais em espécie, porções de maconha e cocaína, cigarros paraguaios.

A ação também teve o apoio das Delegacias Regionais de Passo Fundo, Soledade, Carazinho, Lagoa Vermelha e Erechim.

A investigação

As fases I e II da Operação totalizaram 31 prisões preventivas e 4 prisões em flagrante, além de quase um R$ 1 milhão em valores apreendidos e bloqueados. As fases anteriores desmantelaram criminosos ligados à “facção criminosa” que atuava no comércio e distribuição de drogas, com múltiplas subdivisões em diversas cidades do estado, com comando ascendente estabelecido e recluso no Sistema Penal gaúcho.

Os novos elementos informativos e provas coletadas nas investigações das fases anteriores evidenciaram contatos de um dos traficantes presos do primeiro escalão que comprava drogas do principal narcotraficante de Passo Fundo. Mas também adquiria de terceiros para se isentar do custo mais elevado da facção, criando assim um grupo do segundo escalão emancipado, ligados aos narcotraficantes do “chamado primeiro escalão”.

Essa liderança do segundo escalão tinha o costume de anotar todas transações de armas, munições e drogas em um caderno evidenciando grande poderio bélico e financeiro da organização. Fato demonstrado na análise dos dados telemáticos dos investigados.

Fato que chamou a atenção durante a investigação foi o grande número de caminhoneiros – de diversas localidades e até de outros estados – clientes/usuários de cocaína. Evidenciou-se que os motoristas, quando passavam por Passo Fundo/RS, entravam em contato com a liderança do segundo escalão pedindo uma média de “5g de cocaína”. As tele-entregas ocorriam nas rodovias e postos que circundam a cidade, conforme a rota de passagem dos motoristas. Foi observado que esse nicho de mercado foi conquistado por este chefe no “boca a boca” entre os próprios caminhoneiros.

Também nessa terceira fase da Operação, outra circunstância apurada foi a atuação de mulheres companheiras desses líderes criminosos as quais participam ativamente das atividades ilícitas intermediando junto a outros traficantes, especialmente quando os companheiros estão reclusos no sistema prisional. Nesta fase, foram presas duas mulheres e outra denunciada pela sua participação nos atos.