Operação Monopólio II em Soledade e região resulta na prisão de três pessoas

Na manhã desta quinta-feira, 17/08, a Polícia Civil, liderada pela Delegacia Regional de Soledade e sob coordenação da Delegada Regional Fabiane Bittencourt, deflagrou a segunda etapa da Operação Monopólio, visando desarticular uma organização criminosa atuante na região de Soledade, focada no tráfico de drogas e em sofisticadas operações de lavagem de dinheiro.

A megaoperação, que contou com a participação de 145 Policiais Civis, 80 Policiais Militares e dois Bombeiros Militares, estendeu-se pelas cidades de Soledade, Arvorezinha, Fontoura Xavier e Lagoão. A ação foi resultado de investigações meticulosas que perduraram por mais de dois anos, tendo início após a primeira etapa da Operação Monopólio, em 2021.

As práticas de lavagem de dinheiro do grupo eram variadas e incluíam desde a utilização de contas de “laranjas” até a implementação de empresas “fantasmas”. Entre as empresas de fachada identificadas, destacam-se segmentos como revenda de veículos, barbearias, mercados e boates. Transações envolvendo cavalos de raça também foram detectadas como mecanismos de ocultação de patrimônio.

Um dos métodos mais sofisticados empregados pelo grupo é conhecido como “reverse flips”, onde eram adquiridos bens a preços subvalorizados e posteriormente vendidos por montantes significativamente mais altos, visando ocultar a origem ilícita dos recursos.

A operação desvendou os principais integrantes desta rede ilícita. Entre os identificados, estão dois líderes, três operadores que coordenavam a lavagem de capitais, quatorze “laranjas” e treze empresas vinculadas à organização criminosa.

Segundo a Políca Civil, um advogado despontou como peça-chave, atuando como principal operador financeiro e advogando em favor dos criminosos. Além disso, foi revelado o envolvimento de servidores públicos como “laranjas” no esquema.

Na ação realizada nesta quinta-feira, foram cumpridos 32 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Três pessoas foram presas e uma permanece foragida. A ação também determinou o bloqueio de contas bancárias e tornou indisponíveis bens, entre imóveis e veículos, avaliados em mais de R$ 10,4 milhões.