Acusado de estupro em Mormaço está recebendo ajuda para se manter escondido

Foto: Maurício Orsolin / ClicSoledade
Foto: Maurício Orsolin / ClicSoledade

Permanece foragido o indivíduo que é acusado de cometer crimes sexuais contra menores de idade em Mormaço. A Polícia Civil segue realizando o trabalho de buscas, porém ainda não foi localizado, e conforme afirmação da delegada regional Fabiane Bittencourt, ele contou com ajuda para conseguir fugir e se manter escondido.

Ela pontua que causa estranheza algumas pessoas da comunidade colaborarem com isso. “Temos informações concretas que ele está recebendo auxílio. Situações como esta não podemos aceitar, inclusive, podem responder criminalmente, se identificarmos, com certeza, também vamos gerar procedimentos contra eles”, garante.

A delegada salienta que a população não deve acreditar na justiça. “É o que eu imagino, porque se estamos dizendo que este indivíduo praticou crimes sexuais contra crianças, em que pese ainda não tenha respondido todo o processo, e mesmo assim recebe ajuda. Existem elementos concretos de que ele praticou estes atos”, assinala.

Fabiane observa que sempre houve complacência da população em relação a este indivíduo. “Muitos ainda acreditam que ele não praticou o crime, que está sendo injustiçado e por isso auxiliam. Estamos na busca dele, queremos muito prendê-lo, não esperávamos que pudesse foragir”, pontua.

Ela acrescenta que pessoas de bem não podem auxiliar àqueles que estão em contrariedade com a lei e a justiça. “O que esperamos da comunidade é que denunciem e ajudem a polícia, porque não adianta trabalharmos e a população atrapalhar ou desqualificar o nosso serviço”, declara.

A decisão de prisão foi decretada pelo Tribunal de Justiça, após julgar recurso do Ministério Público de Soledade. “Houve o lapso de um dia entre a decisão do TJ e a expedição do mandado de prisão pelo poder judiciário local, e foi nestas 24h que o acusado utilizou para foragir. São questões processuais que acabaram auxiliando na fuga, o que é inaceitável”, salienta.

A delegada finaliza dizendo que este indivíduo já deveria estar preso há mais de um ano, no momento das primeiras representações. “Talvez não estaríamos em uma situação de impunidade em que vivenciamos hoje, em que ele está foragido e talvez nem venha responder pelos crimes que praticou”, conclui.