Entrega da duplicação da BR-386 entre Marques de Souza e Lajeado deve ficar para agosto ou setembro

Após se acertar novamente com a Eurovias e projetar o retorno das obras de duplicação da BR-386 para a segunda-feira (22), a CCR ViaSul corre para ajustar os seus cronogramas e recuperar o tempo perdido com a paralisação, que chega a 35 dias nesta quarta-feira (17). Segundo a diretora de engenharia da concessionária, Thaís Borges, “dá para recuperar, sim” o período em que os trabalhos foram suspensos. “A minha expectativa de uma nova paralisação dessas é zero. Agora é daqui até a data de entrega da obra”, garante.

Segundo ela, a concessionária está montando um plano reforçado de ação para minimizar o impacto e “tentar reduzir os 35 dias de paralisação”. Thaís destaca que a CCR fará uma “grande força-tarefa” para “compensar esses dias”, que envolverá um aumento de máquinas e trabalhadores na obra. Porém, mesmo assim, um atraso no cronograma é esperado.

A duplicação entre Marques de Souza e Lajeado, com pouco mais de 20 quilômetros, deve sofrer um retardo. O prazo original era até o final do primeiro semestre do ano. “Eu estou contando, se não for julho, ainda estou tratando de agosto ou setembro. Mas é uma informação extraoficial. Eu preciso ter esse plano desenhado”, destaca a diretora.

Por outro lado, a implantação da faixa adicional entre Lajeado e Estrela, em cerca de 5 quilômetros, ficará no prazo. “Isso é muito factível e acessível”, destaca.

A CCR ViaSul avalia histograma, plano e metodologia de execução para acelerar as obras. O objetivo, segundo Thaís, é “retomar o quanto antes e entregar no menor tempo possível”. Entretanto, ela reconhece que “não dá para desconsiderar esse período de paralisação” no cálculo final. “40 dias é tempo preciso em uma obra com cronograma em reta final”, admite. “Foram dias importantes que a gente não conseguiu avançar.”

Para compensar, “categoricamente, vai haver um reforço tanto de equipamentos quanto de mão de obra. A gente precisa fazer uma grande força-tarefa para acomodar esse prazo”, sustenta a diretora. É esperado que o número de funcionários na obra, que estava em 600 pessoas até a paralisação, em 12 de abril, seja superado.

Sobre a paralisação, Thaís Borges comenta que “o que aconteceu, de longe, era algo que a gente gostaria que tivesse acontecido”. “Não foi um rompimento; foi uma reavaliação do contrato. Estamos reativando um contrato que estava paralisado, de uma obra complexa com soluções complexas”, explica. Segundo ela, a parada foi para “esclarecer fatos dentro do histórico da obra”. “Não é normal isso, a gente não vê com frequência”, admite.

Apesar disso, ela garante que “não tem nenhum desgaste” com a Eurovias. “É uma relação profissional e comercial” que “segue de forma tranquila”, argumenta. “Eu não tenho expectativa que venha acontecer de novo”, afirma.

Com informações da Rádio Independente