A Comissão de Economia Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, presidida pelo deputado Gustavo Victorino (Republicanos), recebeu nesta quarta-feira (24), lideranças políticas e empresariais do município de Soledade, no norte do estado, para abordar a crise de um dos mais importantes polos de pedras preciosas do mundo, ameaçado pelas incertezas econômicas e taxas impostas pelos países importadores.
Soledade representa 80% das exportações de pedras preciosas do Estado e 40% do PIB local. Atualmente, o setor reúne mais de 300 empresas, gerando cerca de 1.500 empregos diretos e aproximadamente 3.500 indiretos.
O município respondeu, em 2024, por 63% das exportações de pedras preciosas do Rio Grande do Sul, movimentando US$ 61,8 milhões. Os principais destinos são China e Estados Unidos. O aumento das tarifas norte-americanas já provocou, apenas no primeiro mês, uma queda em torno de 30% nas exportações.
Na reunião, o presidente do Sindicato da Indústria de Mineração de Pedras do Rio Grande do Sul (Sindipedras), afirmou que muitas empresas já estão fechando as portas pela dificuldade nas exportações: “Devido o tarifaço norte-americano os demais países também não estão importando, priorizando as necessidades básicas, por isso precisamos de medidas a curto e médio prazo para conter a crise do segmento de pedras preciosas, que afeta toda a economia do município”, disse Gilberto Bortoluzzi.
O prefeito de Soledade, Paulo Ricardo Cattaneo, sugeriu a criação de políticas públicas de fomento para ajudar o setor. O presidente da Comissão, deputado Gustavo Victorino, juntamente com os demais parlamentares presentes debateram soluções imediatas: “Vamos procurar enquadrar o setor numa condição tributária emergencial para socorrer de imediato as empresas, ao mesmo tempo que buscaremos novos mercados para a exportação”, afirmou Victorino.
