A escritora, educadora e pesquisadora Rosi Capelari é a patronesse da 19ª Feira do Livro de Soledade, que iniciou neste domingo, 13 de abril, na Praça Central da cidade. A programação segue até terça-feira, 15/04, com diversas atrações culturais e participação de escritores de diferentes regiões.
Desde que foi anunciada como patronesse da edição, ainda no ano passado, Rosi passou a participar ativamente das atividades culturais da feira. “Foi um espanto e uma alegria imensa, mas também me causou medo, medo de não corresponder. Desde o anúncio, estive à disposição, encontrei escolas no Centro Cultural, apresentei o nosso museu, nosso arquivo histórico. Esse trabalho foi feito até culminar neste dia”, relatou.
Durante a feira, Rosi realiza o lançamento de dois livros. O primeiro, A Julinha, a menina que queria ser escola, é um livro infantil inspirado na escritora Júlia Lopes de Almeida, homenageada da 19ª edição. É a primeira vez que a autora se aventura na literatura voltada ao público infantil. O segundo lançamento é Ousadas e Audaciosas – Protagonismo feminino em Soledade, obra que resulta de uma pesquisa iniciada em 2020 e desenvolvida durante a pandemia.
“O livro surgiu da percepção de que havia poucas referências às mulheres na história local. Comecei a pesquisar com base nos registros da Biblioteca Nacional e em acervos de jornais e revistas antigas. Muitos dos dados sobre as mulheres foram encontrados até mesmo em cemitérios e registros de época. Era necessário trazer essas histórias à tona”, explicou.
Além dos lançamentos, Rosi ajudou a articular a participação de dezenas de escritores na feira, inclusive com a chegada de uma van com autores vindos de Porto Alegre. “Essa é uma feira para colocar muitos escritores na praça. Eles não estão aqui na condição de professores, mas como participantes desse movimento cultural. A ideia é que a feira se expanda para toda a comunidade”, ressaltou.
A programação da Feira do Livro segue até a noite de terça-feira com estandes abertos das 9h às 21h. Rosi reforça o convite à comunidade. “Estamos com essa movimentação toda, escritores chegando, um ambiente propício para todos. Venham conhecer, conversar, ouvir histórias. É um espaço de troca, de cultura e de valorização”, finalizou.