Rio Grande do Sul tem a terceira maior queda de consumo das classes C e D entre os estados brasileiros

Reinaldo Canato
Reinaldo Canato

O consumo das classes C e D no Brasil recuou 5% em junho, depois de ter subido 8% em maio, de acordo com a Pesquisa de Hábitos de Consumo da Superdigital, fintech do Grupo Santander. O levantamento é realizado mensalmente e busca traçar o perfil do consumidor das classes C e D.

No Rio Grande do Sul, houve queda no consumo de 12% sobre maio, puxado, principalmente, pelos setores Diversão e Entretenimento (-41%), Lojas de Artigos Diversos (-22%) e Telecomunicações (-22%). Houve crescimento em Hotéis e Motéis (27%), Combustível (15%) e Rede Online (14%).

A maioria das regiões do Brasil apresentou queda em junho comparado com o mês anterior. Contudo, a queda mais expressiva, com 17%, foi vista na região Norte, seguido pelo Sul (-7%), Nordeste (-4,5%) e Sudeste (-4%). O Centro-Oeste teve leve alta de 0,5%.

Os recuos mais significativos foram vistos nos setores de Diversão e Entretenimento (-9%), Prestadores de Serviços (-7%), Serviços (-7%), Telecomunicações (-5%) e Drogaria e Farmácia (-4%). Na outra ponta, cresceram os gastos com Companhias Aéreas (21%), Rede Online (12%), Hotéis e Motéis (8%) e Automóveis e Veículos (3%).

O levantamento da Superdigital mostrou que não houve grandes mudanças na divisão dos gastos mensais das classes C e D. Supermercado continua sendo o setor mais representativo, com 34% do total, seguido de Restaurantes (12%) e Lojas de Artigos Diversos (11%).

Em junho, 81% dos gastos totais foram feitos presencialmente. Contudo, foi possível observar pelo estudo da fintech que caiu a participação online no total dos gastos online com Serviços, Prestadores de Serviços e Diversão e Entretenimento.

Na avaliação de Luciana Godoy, CEO da Superdigital no Brasil, as pessoas estão se sentindo mais seguras para irem às ruas e consumirem. “Podemos ver um grande aumento nos gastos do setor de turismo, com Companhias Aéreas e Hotéis. Ou seja, as pessoas, aos poucos, estão voltando a viajar. Acreditamos que o recuo nos gastos gerais em junho seja pontual. Também não podemos esquecer que maio foi um mês de grande recuperação e com uma data importante para comércio, que foi o Dia das Mães. Por isso, para nós, era esperado que junho apresentasse arrefecimento, mas continuamos acreditando num segundo semestre bom para o varejo”, avalia a executiva.

Para acessar os dados completos da pesquisa, clique aqui.

Recortes regionais

SUDESTE

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, o consumo em junho sobre o mês anterior andou de lado, em 0,1%, depois de um crescimento significativo em maio, de 38%. Os setores que mais cresceram foram Companhias Aéreas (58%), Rede Online (38%), Diversão e Entretenimento (15%) e Hotéis e Motéis (15%). As quedas foram observadas nos setores Lojas de Artigos Diversos (-9%), Telecomunicações (-8%) e Combustível (-6%).

São Paulo

Em São Paulo, houve queda no consumo em 4% sobre maio. O resultado foi puxado, principalmente, por Diversão e Entretenimento (-12%), Prestadores de Serviços (-6%) e Serviços (-6%). No entanto, houve crescimento em Companhias Aéreas (24%), Rede Online (12%) e Lojas de Roupas (5%). Restaurante apresentou estabilidade.

Minas Gerais

Em Minas Gerais, a queda no consumo em junho foi de 9% sobre o mês anterior. Os setores que apresentaram declínio foram Serviços (-13%), Prestadores de Serviços (-10%) e Telecomunicações (-8%). Houve crescimento em Companhias Aéreas (82%), Hotéis e Motéis (49%) e Diversão e Entretenimento (33%).

Espírito Santo

No Espírito Santo, o consumo também fechou o mês com queda de 12,5%. Hotéis e Motéis apresentaram declínio de 60%, seguido de Rede Online (-53%) e Diversão e Entretenimento (-34%). Em contrapartida, o setor Companhias Aéreas manteve crescimento pelo segundo mês consecutivo, fechando junho com alta de 100%. Setores como Prestadores de Serviços e Lojas de Artigos Diversos cresceram 13% e 12%, respectivamente.

SUL

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, houve queda no consumo de 12% sobre maio, puxado, principalmente, pelos setores Diversão e Entretenimento (-41%), Lojas de Artigos Diversos (-22%) e Telecomunicações (-22%). Houve crescimento em Hotéis e Motéis (27%), Combustível (15%) e Rede Online (14%).

Paraná

No Paraná, junho apresentou queda no consumo de 5% ante maio. Os setores mais representativos foram Lojas de Artigos Diversos (-11%), Telecomunicações (-8%) e Automóveis e Veículos (-7%). Houve crescimento em Companhias Aéreas (20%), Rede Online (13%) e Transporte (6%).

NORTE

Amazonas

No Amazonas, o consumo apresentou queda de 11% ante maio. Foi o segundo mês consecutivo de declínio, puxado, principalmente, pelos setores Restaurante (-12%), Diversão e Entretenimento (-9%), Transporte (-9%) e Supermercado (8%). Houve crescimento significativo no setor hoteleiro de 209%, seguido de Automóveis e Veículos (41%) e Combustível (5%).

Pará

No Pará, junho apresentou declínio no consumo de 25% sobre o mês anterior, depois de ter registrado alta de 33% em maio. As maiores quedas foram nos setores Diversão e Entretenimento (-38%), Drogaria/Farmácia (-36%) e Prestadores de Serviços e Lojas de Artigos Diversos, ambos negativos em 27%. Houve crescimento em apenas dois setores analisados na pesquisa: Companhias Aéreas (17%) e Transporte (12%).

NORDESTE

Bahia

O consumo na Bahia teve um pequeno declínio de 1% em junho ante maio. Os principais setores que apresentaram queda foram Diversão e Entretenimento (-21%), Drogaria/Farmácia (-4%) e Combustível (-3%). Cresceram os setores Companhias Aéreas (41%), Rede Online e Automóveis, ambos com alta de 31%, Hotéis e Motéis (28%) e Lojas de Roupas (9%).

Ceará

O Ceará teve queda de 3% no consumo em junho sobre maio. Os setores mais impactados foram Hotéis e Motéis (-21%), Automóveis e Veículos (-15%) e Diversão e Entretenimento (-13%). Houve crescimento em Companhias Aéreas (27%), Lojas de Artigos de Roupas (18%) e Prestadores de Serviços (10%).

Pernambuco

Em Pernambuco, o consumo teve uma leve queda de 1% em junho frente a maio. Ao contrário dos resultados dos outros estados brasileiros, o setor de Companhias Aéreas fechou o mês negativo em 52%. Rede Online e Prestadores de Serviços também tiveram declínio de 30% e 17%, respectivamente. Em contrapartida, houve crescimento em Hotéis e Motéis (47%), Combustível (26%) e Automóveis e Veículos (8%).

Sobre a Superdigital

A Superdigital (www.superdigital.com.br) é uma das fintechs do Banco Santander com atuação global. Possui mais de 1,7 milhão de clientes e processa mais de 70 milhões de transações por ano. O propósito da empresa é democratizar os serviços bancários: em apenas cinco minutos, qualquer pessoa pode abrir uma conta e gerenciar sua vida financeira sem burocracias, pelo celular.