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Soledadense conta como está a situação da pandemia nos Estados Unidos

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

Há 10 meses morando na cidade de Atlanta, localizada no estado da Geórgia, o soledadense Vitor Vieira, de 21 anos, foi para os Estados Unidos fazer um intercâmbio de estudos e trabalho. Desde a primeira semana de março começaram as paralisações e medidas de proteção contra o novo coronavírus (Covid-19).

Segundo ele, o alerta no país todo foi dado após os números começarem a crescer constantemente em Nova York. “No estado que estou morando, primeiro foram canceladas as aulas das universidades, pois os alunos moram no Campus. A determinação era que todos voltassem para as suas casas e seus estados”, conta.


Vitor recorda que no final da mesma semana os condados, que são os responsáveis pelas escolas, começaram a cancelar as aulas de acordo com que casos começavam a ser confirmado dentro daquele “bairro”. Na terceira semana de março foi decretado quarentena, deixando apenas os serviços essenciais em funcionamento.


O soledadense diz que desde então, assim tem sido, muitos estão trabalhando de casa e as aulas são online. “Como imaginamos, muitas pessoas perderam o emprego e por isso o governo está disponibilizando um auxílio de 1,200 a 1,400 dólares por mês, para todos os cidadãos que estejam em dia com seus impostos”, observa.


Ao falar sobre as medidas de seguranças adotadas no país, comenta que é obrigatório o uso de máscara para acessar qualquer lugar público. “Nos supermercados existem marcações no chão para manter distância entre as pessoas e um número limitado de cada item que se pode comprar. Também há uma quantidade de pessoas que são permitidas a entrar por vez”, relata.


Vitor salienta que qualquer pessoa que estivesse na rua após as 22h sem ser trabalhador essencial ou que estivesse a caminho do hospital, era multado em 1000 dólares. “Mas esta penalidade foi cancelada após três semanas. Todos os parques da cidade também foram fechados e nenhum tipo de aglomeração era permitido”, assinala.


O soledadense chama atenção que existe uma sensação de sensibilização coletiva. Ele salienta que é muito comum ver sinais nos jardins das casas com dizeres do tipo “tudo vai ficar bem”, “estamos junto nisso” e até alguns engraçados do tipo “Que ano essa semana tem sido”.


Agora no início de maio, houve uma flexibilização das normas, onde os parques já estão abertos. “Porém a cena mais comum foi ver centenas de pessoas já se aglomerando, e por isso há boatos que o governador está considerando fechar de novo. Os restaurantes e cafeterias estão trabalhando com delivery e drive thru, não sendo permitido consumir dentro dos estabelecimentos”, informa.


Existia a possibilidade do governador reabrir o Estado no início desta semana (11/5), mas após pressão popular e de outros membros do governo, foi reconsiderada a situação e a data adiada para 1º de junho, com possibilidade de prorrogação.


Conforme informações oficiais, na terça-feira, 12/5, o estado da Georgia tinha 34.165 casos confirmados, com 1.460 mortes. “Aqui não existe sistema público de saúde, porém o teste para o Covid-19 é gratuito para todos os cidadãos que tem plano de saúde, mas o tratamento não. Também começaram a ser feitos testes de anticorpos que mostram se você já teve o vírus e não percebeu”, finaliza.

Vitor Vieira vai ficar nos Estados Unidos por dois anos para estudar e trabalhar, onde mora com uma família de americanos anfitriões. Ele já não reside em Soledade há quase 2 anos, quando mudou-se para Florianópolis, onde permaneceu lá por um ano, antes de ir para o exterior.