Cogestão volta na segunda-feira, mas comércio seguirá fechado aos fins de semana e no feriadão de Páscoa

Divulgação / Governo do Estado
Divulgação / Governo do Estado

Reunido com os presidentes das associações de municípios na tarde desta sexta-feira (19), o governador Eduardo Leite confirmou a retomada da cogestão do sistema de distanciamento controlado a partir do dia 22, com um detalhe: as atividades econômicas não serão permitidas das 20h às 5h e aos fins de semana até o dia 4 de abril. Isso significa que no feriadão da Páscoa só as atividades consideradas essenciais poderão funcionar.

Na cogestão, os prefeitos estarão liberados para adotar os protocolos da bandeira vermelha, mas podem optar por restrições intermediárias ou manter os limites rigorosos da bandeira preta. Por isso, os planos de cada região terão de ser refeitos com o detalhamento das medidas. “Como o todo o Estado vai continuar em bandeira preta, os protocolos da vermelha são o piso, mas cada região pode definir, dentro dessa banda, o que é mais conveniente”,  disse Leite.

Leite relatou aos prefeitos que, se fosse decidir apenas pelos parâmetros da saúde, as restrições seriam mantidas no nível atual por mais tempo, porque a situação dos hospitais ainda é de colapso e a redução das internações ainda é muito tênue. “Se fosse olhar só pelo lado da saúde, teríamos o máximo de fechamento possível, porque a única forma de conter a disseminação do vírus é reduzir a circulação. Estamos abrindo porque sabemos que tem uma parcela da população que precisa voltar a trabalhar por uma questão de sobrevivência”.

O governador pediu aos prefeitos que reforcem a fiscalização, inclusive contratando fiscais com recursos que estão parados em fundos de saúde. “Não voltamos ao normal. Isso precisa ficar claro para as pessoas. E a fiscalização, com a aplicação de multas, é uma forma de mostrar que a vida não voltou ao normal”.

O presidente da Famurs, Maneco Hassen, reclamou de as regras terem sido definidas sem consulta aos prefeitos. Cobrou maior participação da Brigada Militar na fiscalização e recursos para socorrer as prefeituras. Sugeriu, por exemplo, que servidores estaduais que estão em home office, com funções reduzidas, sejam deslocados para ajudar os municípios na fiscalização.

Hassen perguntou a Leite se o Estado está levando em conta a fila de mais de 300 pessoas que aguardam acesso a leitos de UTI. O governador respondeu que sim, mas disse que a fila se estabilizou nesse número e insistiu que houve pequena redução na ocupação de leitos clínicos.

Questionado sobre o que está sendo feito para suprir a falta de anestésicos, reclamada pelos hospitais, Leite disse que serão comprados medicamentos, inclusive em forma de consórcio com os Estados do Paraná e de Santa Catarina.

* A informação é da Colunista da GZH Rosane de Oliveira.