Os meteorologistas alertam para a chegada de um novo ciclone extratropical que vai atingir o Rio Grande do Sul entre a segunda e quarta-feira. Embora não seja do tipo “bomba” como o que ocorreu na semana passada, existem possibilidades de trazer riscos revelantes, com destaque para os grandes volumes de chuva.
Modelos mostram que os acumulados em grande parte da Metade Norte devem ficar entre 100 e 150 mm entre os dias 6 e 8 de julho, com possibilidade de marcas acima de 150 mm em algumas localidades. Cidades poderão registrar marcas de precipitações superior a um mês em apenas 24h.
São esperados alagamentos, possíveis transbordamento de arroios e córregos, deslizamentos de terra e queda de barreiras em rodovias, sobretudo na região serrana. A maior ameaça, porém, será a subida de rios. Deve chover muito na nascente do Jacuí, no Norte gaúcho, e em bacias como as do Taquari-Antas, Caí, Sinos, Gravataí e Paranhana.
Entre as áreas que mais devem ser atingidas pela intensa precipitação estão as da Metade Norte como as Missões, Planalto, Serra, Porto Alegre, área metropolitana e o Litoral Norte. Na quarta, a chuva deve aumentar no Sul gaúcho pela atuação do vórtice (rosca) do ciclone na região.
Há risco de temporais isolados com raios, vento forte e granizo acompanhando o centro de baixa pressão que migrará do Paraguai e a partir desta segunda-feira (6) estará sobre o Rio Grande do Sul, começando a dar origem ao ciclone sobre o Leste gaúcho.
Espera-se vento também, porém sem a força da última semana. As rajadas mais fortes devem ficar em média entre 60 km/h e 80 km/h, mas em alguns pontos podem ficar perto ou passar de 90 km/h. Como o solo estará saturado e portanto instável pela chuva excessiva, vento moderado a forte inevitavelmente trará queda de árvores e galhos.