Artigos

Artigo – O papel dos colegas e da inclusão na vida escolar de crianças com TDAH

Por Cleunice Mai de Moraes

1 Introdução

A inclusão escolar é um dos maiores desafios e, ao mesmo tempo, uma das metas mais urgentes e relevantes no âmbito das políticas educacionais e sociais contemporâneas. Afinal, em um mundo marcado pela diversidade e pela constante necessidade de convivência com as diferenças, a garantia de uma educação equitativa constitui não apenas um direito fundamental, mas um passo indispensável para a construção de uma sociedade mais justa. No caso de crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), esse tema se torna ainda mais sensível, pois as especificidades do transtorno envolvem dificuldades no processo de aprendizagem, no comportamento e, sobretudo, na interação social. Essa realidade exige práticas pedagógicas inclusivas que reconheçam as necessidades individuais e valorizem a diversidade como parte intrínseca do ambiente escolar.

O TDAH é amplamente reconhecido como um transtorno neurobiológico que afeta aspectos essenciais do desenvolvimento infantil, como a capacidade de manter a atenção, controlar impulsos e regular a hiperatividade. Essas características tornam os alunos com TDAH mais vulneráveis a experiências de exclusão, estigmatização e isolamento, tanto no âmbito acadêmico quanto no social. Entre os principais desafios enfrentados por essas crianças estão dificuldades em estabelecer amizades, manter vínculos emocionais saudáveis e lidar com as regras impostas pela dinâmica escolar. Esses fatores, somados, podem acarretar uma redução significativa da autoestima e do engajamento com o aprendizado, o que reforça ainda mais a necessidade de intervenções pedagógicas e sociais voltadas à inclusão. Nesse contexto, colegas de classe e professores desempenham papéis essenciais no acolhimento e na promoção de um ambiente social enriquecedor.

No cenário da inclusão escolar, os colegas de classe se destacam como agentes transformadores que podem exercer forte influência no sucesso do processo inclusivo. Quando orientados de maneira eficiente, eles têm a capacidade de promover interações positivas, fortalecer o senso de pertencimento e contribuir para a redução de preconceitos relacionados ao TDAH. Entretanto, essa dinâmica só pode prosperar em um ambiente onde a educação para a diversidade seja incentivada. Sensibilizar e educar os alunos sem TDAH para enxergar as diferenças como oportunidades de crescimento, e não como limitações, é uma prática que beneficia não apenas os colegas com o transtorno, mas toda a comunidade escolar. Essa convivência, quando bem conduzida, pode ser uma experiência de aprendizado coletivo que favorece o desenvolvimento de competências como empatia, aceitação e respeito mútuo.

Essa temática é extremamente relevante, principalmente porque reflete um dos maiores desafios das práticas educacionais atuais: equilibrar a necessidade de adaptação a diferentes necessidades dos alunos sem comprometer a qualidade do ensino. Além disso, a discussão sobre a inclusão escolar de crianças com TDAH propõe uma reflexão ampla sobre os valores que norteiam as instituições de ensino e sobre as oportunidades que a convivência com a diversidade traz para a formação de cidadãos mais solidários e preparados para os desafios do mundo contemporâneo. O papel dos colegas nesse processo, muitas vezes negligenciado, deve ser reconhecido como um dos pilares para o sucesso das práticas inclusivas. Como apontam estudos como os de Sena e Souza (2013) e Rohde e Mattos (2003), a aceitação e os vínculos sociais formados dentro do ambiente escolar são determinantes no desenvolvimento acadêmico e socioemocional das crianças com TDAH.

O objetivo deste estudo é aprofundar a análise sobre o impacto que as relações entre colegas exercem no desenvolvimento acadêmico e social das crianças com TDAH, destacando as práticas inclusivas que podem fazer a diferença na construção de um ambiente educacional mais acolhedor. Para isso, busca-se explorar estratégias que promovam o aprendizado colaborativo e a convivência harmoniosa entre alunos de diferentes características e habilidades. Mais ainda, o trabalho coloca em evidência a importância de educar para a diversidade como um meio de transformar o cotidiano escolar, de modo a reduzir preconceitos e promover igualdade de oportunidades.

Este artigo adota como metodologia uma abordagem qualitativa baseada na revisão de literatura, com a utilização de estudos e publicações científicas voltadas para os campos da educação inclusiva e da neurociência. Obras fundamentais, como as de Marcotti e Marques (2017) e Maia e Confortin (2015), permitem refletir sobre as práticas pedagógicas que contribuem para a inclusão de crianças com TDAH. Ao mesmo tempo, outros textos, como os de Riesgo (2006), fornecem uma análise integrada sobre como as escolas podem atuar para superar os desafios complexos da inclusão. Esses materiais oferecem suporte teórico robusto para compreender o papel da escola, dos professores e dos colegas no acolhimento e no desenvolvimento pleno dos alunos que vivem com TDAH.

O desenvolvimento deste trabalho está dividido em três partes principais. A primeira parte se dedica à explanação sobre o TDAH, seus principais sintomas, desafios e singularidades no ambiente escolar. Pretende-se demonstrar como o transtorno vai além das dificuldades comportamentais comumente associadas a ele, influenciando todo o processo de aprendizagem e a construção das relações sociais. Além disso, busca-se esclarecer os estigmas que frequentemente acompanham crianças com TDAH, prejudicando sua aceitação e criando barreiras para a inclusão.

Na segunda parte, será discutido como as políticas públicas e as práticas pedagógicas podem promover a inclusão escolar de crianças com TDAH. Destacaremos a importância de adaptar metodologias de ensino e fortalecer a formação dos professores, além de identificar estratégias específicas que facilitem a participação ativa desses alunos no ambiente escolar. Serão analisadas iniciativas de sucesso que envolvem acolhimento, trabalho colaborativo, flexibilização do currículo e outras práticas que favorecem a convivência entre alunos com TDAH e seus colegas.

O papel dos colegas de classe no processo de inclusão será o foco da terceira e última parte. Essa seção analisará como as interações sociais no ambiente escolar, quando adequadamente mediadas, podem transformar a experiência educacional das crianças com TDAH. Será destacado o impacto positivo da convivência respeitosa e empática, bem como a necessidade de atividades que promovam a sensibilização e a cooperação entre todos os alunos. Nesse sentido, será reforçada a ideia de que a inclusão escolar vai muito além de uma responsabilidade institucional, sendo uma oportunidade de crescimento humano para todos os envolvidos.

Não é possível abordar o tema da inclusão escolar sem destacar seu impacto amplamente positivo na formação de cidadãos mais conscientes e sensíveis às diferenças. A criação de ambientes inclusivos nas escolas amplia as perspectivas de todos os alunos, ensinando-os a respeitar e valorizar a diversidade como uma força transformadora. Essa vivência se torna uma preparação essencial para a construção de uma sociedade mais equitativa e democrática, que valoriza as potencialidades e respeita as limitações de cada indivíduo. Assim, a inclusão escolar não é apenas um benefício isolado, mas um investimento coletivo em valores e capacidades indispensáveis para o futuro.

Ao final deste trabalho, pretende-se contribuir para o debate sobre as práticas pedagógicas voltadas à inclusão de crianças com TDAH, oferecendo reflexões teóricas e subsídios práticos que possam auxiliar pais, educadores e gestores escolares. Mais do que apontar desafios, o estudo busca apresentar soluções que evidenciem a importância de atuar de forma integrada com professores, famílias e outros alunos, construindo ambientes acolhedores e promotores de desenvolvimento. Nesse sentido, o trabalho visa não só ampliar o entendimento sobre o papel dos colegas e das escolas, mas também reforçar a urgência das iniciativas de formação docente e sensibilização para o respeito à diversidade.

Espera-se que este estudo inspire ações concretas que possam melhorar a qualidade da inclusão escolar no Brasil, especialmente no que diz respeito às crianças com TDAH. Mais do que atender às exigências educacionais, considera-se que investir em políticas e práticas inclusivas é um dever ético, que reflete o compromisso de toda a sociedade em promover uma educação verdadeiramente transformadora e acessível para todos.

2 Desenvolvimento

A inclusão escolar é um tema central e necessário na contemporaneidade, principalmente quando se refere a crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Este transtorno neurobiológico afeta a capacidade de manter a atenção, controlar impulsos e interagir socialmente, fatores que influenciam diretamente o desempenho acadêmico e as relações interpessoais desses alunos no ambiente escolar. Dentro dessa perspectiva, o papel dos colegas de classe ganha protagonismo, pois, quando adequadamente orientados, podem se tornar agentes de inclusão e aceitação. Além disso, a educação para a diversidade desempenha um papel essencial na construção de um ambiente escolar mais empático e respeitoso, beneficiando não apenas o aluno com TDAH, mas toda a comunidade escolar (MAIA; CONFORTIN, 2015).

As relações entre colegas são fundamentais para o fortalecimento da autoestima em crianças com TDAH, que muitas vezes enfrentam situações de exclusão e preconceito. Em muitos casos, esses alunos são rotulados como “problemáticos” ou “desobedientes”, o que amplia ainda mais o distanciamento social. Segundo Sena e Souza (2013), interações positivas entre os pares têm o potencial de transformar essas percepções errôneas, promovendo a aceitação e ajudando a reconstruir um senso de pertencimento. Isso não apenas beneficia a saúde emocional do aluno, mas também influencia diretamente seu progresso acadêmico, mostrando a importância de fomentar vínculos saudáveis no ambiente escolar.

A inclusão escolar transcende a ideia de meras adaptações curriculares ou ajustes nas práticas pedagógicas. Trata-se de criar um espaço onde a convivência seja harmoniosa, e as diferenças sejam vistas como um valor, e não como um problema. Nesse processo, os colegas têm um papel significativo como agentes de mudança, aprendendo a conviver com as diferenças enquanto desenvolvem habilidades como empatia e tolerância. Conforme destacam Marcotti e Marques (2017), a valorização da diversidade no ambiente escolar é um passo essencial para o fortalecimento de uma mentalidade inclusiva, capaz de transformar a escola em um espaço onde todos possam prosperar.

Criar um ambiente inclusivo exige mais do que apenas modificações na estrutura educacional, sendo necessário promover a educação sobre questões como o TDAH. Como ressaltam Rohde e Mattos (2003), os comportamentos típicos do transtorno, como a impulsividade e a desatenção, ainda são frequentemente mal interpretados por colegas e até mesmo por educadores, sendo confundidos com atitudes de indisciplina ou falta de esforço. Nesse sentido, é crucial desenvolver iniciativas pedagógicas que desmistifiquem esses comportamentos, promovendo uma compreensão mais ampla e acolhedora tanto entre os alunos quanto entre os professores.

Estabelecer relações de amizade e vínculos afetivos pode ser um grande desafio para crianças com TDAH, especialmente devido às características do transtorno. Impulsividade, dificuldade em respeitar limites e comportamentos hiperativos costumam dificultar a manutenção de amizades duradouras e significativas. Estudos como o de Sena (2009) destacam a importância de atividades colaborativas dentro do ambiente escolar, nas quais crianças com TDAH tenham a oportunidade de socializar de forma gradual e construtiva. Além disso, é papel da escola projetar espaços e momentos que estimulem a interação entre os alunos, promovendo a integração enquanto respeita as singularidades de cada um.

Quando um grupo de colegas aceita e acolhe uma criança com TDAH, o impacto é perceptível não apenas nas relações sociais, mas também no desempenho acadêmico e emocional do aluno. Isso acontece porque a aceitação no ambiente escolar funciona como um fator de proteção, evitando que o isolamento social amplifique dificuldades emocionais, como a baixa autoestima, ou prejudique ainda mais o aprendizado. Riesgo (2006) argumenta que a interação ativa com colegas é uma maneira eficaz de ajudar os alunos com TDAH a desenvolverem habilidades interpessoais, enquanto se sentem valorizados e incluídos no ambiente em que estão inseridos.

Um dos benefícios mais amplos da inclusão escolar é seu impacto na formação de todos os alunos. Aqueles que convivem com colegas com TDAH se tornam mais aptos a lidar com diferenças no futuro, aprendendo desde cedo a valorizar a diversidade. Marcotti e Marques (2017) reforçam que a convivência com alunos com características diferentes, como o TDAH, contribui significativamente para o desenvolvimento de competências socioemocionais, como a empatia, a paciência e a capacidade de resolver conflitos. Esse tipo de convivência, portanto, enriquece a formação cidadã e prepara alunos para uma sociedade mais inclusiva.

Para alcançar esses objetivos, é necessário combater ativamente estereótipos e mitos associados ao TDAH, que ainda persistem em muitos ambientes educacionais e familiares. Um exemplo típico é considerar crianças hiperativas como “indisciplinadas” ou “distraídas”, desconsiderando as características neurobiológicas do transtorno. Maia e Confortin (2015) ressaltam a importância de conscientizar tanto os colegas quanto os professores, por meio de atividades como palestras, dinâmicas e a distribuição de materiais informativos. Essas ações ajudam a desconstruir preconceitos e criar laços de solidariedade dentro da escola.

Outro fator essencial para a inclusão é o papel da mediação realizada por adultos, especialmente os professores. Marcotti e Marques (2017) salientam que professores capacitados para manejar conflitos e trabalhar a colaboração entre os alunos podem fazer uma diferença significativa na criação de um espaço onde crianças com TDAH tenham as mesmas oportunidades de interação e desenvolvimento. Para isso, é fundamental investir na formação continuada de educadores, fornecendo-lhes ferramentas para identificar as necessidades específicas de cada aluno e adaptar suas práticas pedagógicas.

Sena e Souza (2013) também destacam que a formação de amizades e vínculos emocionais é essencial para o desenvolvimento social em qualquer criança, sendo talvez ainda mais necessária para crianças com TDAH, que frequentemente enfrentam dificuldades nesse aspecto. Essas dificuldades podem incluir a interpretação inadequada de sinais sociais, impulsividade que leva a interrupções em conversas e comportamentos que podem ser percebidos como inadequados pelos colegas. Nesse sentido, a implementação de programas de habilidades sociais pode ser uma solução prática e eficaz. Esses programas são projetados para ensinar às crianças com TDAH estratégias específicas para interações sociais, como iniciar e manter conversas, interpretar expressões faciais ou corporais e responder adequadamente a diferentes situações. Além disso, esses programas podem incluir componentes que educam os colegas de classe sobre o TDAH, ajudando-os a compreender as dificuldades enfrentadas por seus pares e promovendo uma cultura de empatia e aceitação. Ao fornecerem um ambiente mais compreensivo e acolhedor, esses programas não apenas beneficiam as crianças diagnosticadas com TDAH, mas também promovem um clima escolar mais harmonioso e colaborativo para todos os alunos.

Quando a inclusão realmente acontece, os ganhos são visíveis para todos os envolvidos, superando barreiras tanto acadêmicas quanto emocionais. A criança com TDAH experimenta um ambiente mais acolhedor e motivador, onde tem a chance de se desenvolver plenamente, tanto do ponto de vista acadêmico quanto social. As dinâmicas em um ambiente inclusivo permitem que ela seja reconhecida por suas habilidades e potencialidades, e não apenas por suas dificuldades. Por outro lado, seus colegas também aprendem valiosas lições sobre convívio, aceitação e respeito às diferenças, desenvolvendo competências socioemocionais que terão impacto ao longo de suas vidas. A escola, nesse contexto, desempenha um papel social ampliado, cultivando valores de igualdade e solidariedade. Rohde e Mattos (2003) reforçam que o desafio da inclusão não é apenas técnico ou pedagógico – adaptando métodos de ensino –, mas envolve também uma mudança de mentalidade coletiva. Para que a inclusão seja efetiva, a escola e seus agentes precisam superar preconceitos ou estigmas e acreditar no valor de proporcionar oportunidades iguais a todos os alunos, independentemente de suas particularidades.

Vale ressaltar, ainda, a necessidade de criar uma parceria sólida e contínua entre escola e família, como sugere Riesgo (2006). A inclusão não deve ser vista como uma responsabilidade apenas dos professores ou da própria criança com TDAH, mas como um esforço conjunto que envolve todos os agentes que compõem sua rede de apoio, especialmente pais e responsáveis. Estes têm um papel importante em compartilhar com a escola informações sobre as necessidades específicas da criança e reforçar em casa o que é trabalhado em sala de aula. Por meio de um diálogo constante e aberto entre professores e família, é possível alinhar expectativas e estratégias que realmente apoiem o desenvolvimento do aluno tanto no ambiente escolar quanto no lar. Essa parceria possibilita a troca de informações cruciais – sobre comportamentos, dificuldades e avanços –, a identificação de necessidades adicionais e a busca de intervenções alinhadas e consistentes. Além disso, tal colaboração pode facilitar o acesso a recursos e serviços complementares, como apoio psicológico, terapias ocupacionais ou programas de habilidades sociais, que são fundamentais para o sucesso da criança em todos os aspectos de sua vida cotidiana. Ao fortalecer esse laço, garante-se que a experiência educacional seja rica, segura e transformadora.

Assim, o papel dos colegas e a inclusão escolar vão muito além da adaptação curricular ou de práticas pedagógicas isoladas. Trata-se de cultivar um ambiente onde o respeito, a aceitação e a empatia sejam valores centrais, promovendo uma cultura em que as diferenças deixem de ser vistas como obstáculos para se tornarem oportunidades de crescimento coletivo. Essa abordagem inclusiva beneficia não apenas o aluno com TDAH, ao oferecer uma estrutura digna de apoio e desenvolvimento, mas também contribui para o enriquecimento da comunidade escolar como um todo. Quando cada indivíduo se sente acolhido e valorizado, cria-se um espaço mais propício ao aprendizado e à convivência saudável. Como destaca Riesgo (2006), a criação de um ambiente assim não representa apenas um benefício imediato para o aluno com TDAH, mas também um investimento no futuro de todos os estudantes. Essa formação em valores fortalece as bases para uma sociedade mais justa, solidária e respeitosa, onde a diversidade é reconhecida como fonte de aprendizado e enriquecimento mútuo.

3 Considerações Finais

Ao longo deste estudo, foi possível atender ao objetivo de analisar o impacto das relações entre colegas no processo de inclusão escolar de crianças com TDAH, demonstrando como a convivência empática, orientada por práticas pedagógicas inclusivas, promove o desenvolvimento social e acadêmico desses alunos. Evidenciou-se que o acolhimento no ambiente escolar transcende a simples presença física do aluno com TDAH e envolve esforços conjuntos de educadores, colegas e famílias para criar um espaço que respeite as individualidades enquanto fomenta o aprendizado coletivo. A inclusão escolar foi debatida sob diferentes perspectivas, abordando desde os desafios comportamentais até o fortalecimento de vínculos sociais e a promoção de um ambiente mais justo e cooperativo.

O estudo conclui que educar para a diversidade é fundamental para o sucesso da inclusão, pois amplia a compreensão sobre as peculiaridades do TDAH e reduz os estigmas que frequentemente marginalizam crianças diagnosticadas com o transtorno. Ao construir uma cultura escolar de respeito, aceitação e empatia, os objetivos não apenas acadêmicos, mas também humanos, são atingidos. Assim, fica evidente que a inclusão é uma ferramenta poderosa para transformar não apenas a vida das crianças com TDAH, mas de toda a comunidade escolar, promovendo valores como convivência pacífica, equidade e valorização das diferenças – pilares essenciais para a sociedade que buscamos construir.

4 Referências Bibliográficas

MAIA, M. I. R.; CONFORTIN, H. TDAH e aprendizagem: um desafio para a educação. Perspectiva, Erechim, v. 39, nº 148, p. 73-84, dez. 2015. Disponível em: http://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/148_535.pdf. Acesso em: 15 maio 2025. 

MARCOTTI, P.; MARQUES, M. F. Educação Inclusiva – formação e prática docente. Revista de Pós-graduação Multidisciplinar, v. 1, nº 1, p. 77-86, 2017. 

RIESGO, Rudimar. Transtornos da Atenção: co-morbidades. In: Rotta NT, Ohlweiler L & Riesgo RS. (Org.). Transtornos da Aprendizagem: Abordagem Neurobiológica e Multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2006. 

ROHDE, Luis Augusto; MATTOS, Paulo e colaboradores. Princípios e Práticas em TDAH. Porto Alegre: Artmed, 2003. 

SENA, S. DA S.; SOUZA, L. K. DE. Percepção dos pais sobre amizade em crianças típicas e com TDAH. Psicologia Clínica, v. 25, n. 1, p. 53–72, jan. 2013. 

SENA, S. S. Relações de amizade em meninos com TDAH. Dissertação (Mestrado) — Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, 2009.