Falta de chuvas já afeta as lavouras de verão na região de Soledade

Letícia Nunes/ClicSoledade.
Letícia Nunes/ClicSoledade.

Apesar de apresentar, até o momento, um bom desenvolvimento em virtude do índice de chuvas, a cultura da soja na região de Soledade, corre o risco de ser afetada negativamente quanto aos prognósticos da carência pluviométrica prevista para ao longo deste mês de janeiro.

Mesmo os produtores que apostaram no plantio mais do cedo, ou seja, plantaram variedades mais precocemente, até os que apostaram em semear mais no tarde, atualmente, estão com suas lavouras bem desenvolvidas.

O engenheiro agrônomo do Escritório Municipal da Emater, em Soledade, Roger Terra de Moraes, comenta que houve um baixo volume de chuvas entre os meses de novembro e dezembro, contudo, estes níveis foram bem distribuídos. “Temos na cultura da soja, lavouras que já estão em florescimento e as mais novas se desenvolvem bem, pois as chuvas foram regulares, todavia com pouco acumulado e não há prejuízos por enquanto”.

Entretanto, Moraes alerta quanto a preocupação daqui pra frente. “O grande problema com a não ocorrência de chuvas é no momento em que a planta começa a formar o canivete, como dizem os produtores, e começa encher grão, este é o momento mais crítico pra chuva, isso não só pra soja, mas pra todas as culturas. Portanto, se nós tivermos o cenário de chuvas, em meados de janeiro e fevereiro, o que obtivemos em outubro, novembro e dezembro, podemos ter perdas significativas”.

Por conclusão, conforme o engenheiro agrônomo, as demais lavouras, como feijão, por exemplo, em que o plantio é praticamente só pra consumo, o cenário é praticamente o mesmo da soja, até o presente período. Já o milho, começa a apresentar perdas, contudo não é possível quantificar e as pastagens também são outra preocupação. “Devido ao baixo acumulado de chuvas nestes últimos tempos, nós percebemos que o milho é o mais afetado. Aquelas lavouras que apendoaram, que floresceram no momento que faltou chuvas, essas já percebemos uma defasagem, ou seja, uma quebra na produção. Quanto as postagens, tanto as nativas, como as cultivadas, visualizamos que os reflexos da falta de chuvas já podem ser sentidos, causando um prejuízo grande na bovinocultura de leite, em mais um ano, o que não é diferente em relação ao gado de corte”.