O cenário da pandemia do novo coronavírus no Rio Grande do Sul é preocupante. Nesta quinta-feira (26), o Estado bateu o recorde de pacientes internados, seja em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) seja em leitos clínicos, pelo terceiro dia seguido. O recrudescimento da crise sanitária, que parecia estar em uma curva decrescente consolidada, já faz o Comitê de Dados do governo do Estado analisar possíveis novas restrições de atividades econômicas.
A Covid-19 já afetou 308.647 gaúchos, vitimando fatalmente 6.686 deles. Somente na última semana, foram 18.724 novas contaminações. Na semana anterior, entre 12 e 19 de novembro, haviam sido 18.583 casos confirmados. Já entre 5 e 12 de novembro, foram 16.512 novos casos.
A análise semanal do Jornal do Comércio do quadro da pandemia no Estado aponta um expressivo crescimento de 13% nas hospitalizações em UTIs pela doença na última semana. O Rio Grande do Sul passou de 681 para 770 pessoas em leitos intensivos em razão da doença. Considerando o período de 21 dias, o aumento foi de 36%.
Outro índice que disparou e – via de regra – precede um crescimento na ocupação das UTIs – é o de pacientes internados em leitos clínicos nos hospitais. Nas últimas três semanas, esse número passou de 741 para 1.177 – um crescimento de 58,8%.
Em relação aos casos, o Estado manteve um percentual acima de 6% de crescimento em relação à semana anterior. Nos últimos sete dias, o percentual de aumento de contágios foi de 6,4%, passando de 289.923 para 308.647. O percentual de casos ativos em relação ao total de pessoas contaminadas é de 5%.
No dia 20 de outubro, ocorreu o retorno das aulas presenciais na rede pública estadual gaúcha. Em razão disso, o JC também está acompanhando o número de jovens entre 5 e 19 anos contaminados, com vistas a analisar como o retorno dos alunos às salas de aula está impactando essa parcela da população.
Atualmente, são 22.529 casos confirmados entre pessoas que possuem entre 5 e 19 anos – o número corresponde a 7,2% do total de contaminados no Estado. Nos últimos sete dias, entre 19 e 26 de novembro, houve um acréscimo de 1.323 contaminações nesta faixa etária. Na semana anterior, o aumento tinha sido de 1.256 casos.
Em relação aos óbitos, o Estado também manteve um índice parecido com a semana anterior. Entre os dias 19 e 26 de novembro, o crescimento percentual foi de 4,3%, enquanto na semana anterior havia sido de 4,6%.
No último mês, entre os dias 26 de outubro e 26 de novembro, foram registradas 1.071 mortes – uma média de mais de 34,5 óbitos por dia.
* Do Jornal do Comércio