Notícias Segurança

Juiz de Espumoso se manifesta sobre caso de abuso sexual em criança de 2 anos

Divulgação / Rádio Planetário
Divulgação / Rádio Planetário

No último final de semana, a notícia de abuso sexual em uma criança de 2 anos e 8 meses causou revolta na comunidade de Espumoso e região. O suposto autor do crime, um homem de 20 anos, foi preso em flagrante no sábado, 9/1, e por força de um habeas corpus, teve concedido a liberdade provisória, deixando o sistema penitenciário no domingo (10) à noite.

Daniel da Silva Luz, juiz da Comarca de Espumoso, em entrevista a Rádio Planetário, destaca que o procedimento tramita em segredo de justiça e que muitas das informações que foram divulgadas pela imprensa, não consta no inquérito. “Informações passadas estão errôneas e não condizem com aquilo que foi entregue a mim para análise. O que importa para o procedimento de julgamento de uma pessoa é aquilo que está constante no processo”, salienta.

O magistrado pontua que muitos dados divulgados pelos meios de comunicação não constam no inquérito. Ele reitera que repreende o crime de abuso sexual, que é hediondo e merece punição. “No ano passado fizemos umas oito ou nove oitivas de crianças que foram objeto de abuso sexual. Damos maior rigor e tratamento nestes procedimentos”, garante.

Em referência a este fato do último final de semana, o juiz informa que o inquérito que chegou até ele para homologar faltavam documentos de extrema necessidade. “Como o atestado médico da criança, nenhum atestado que consta do procedimento não atesta situação de saúde da criança para verificar se houve ou não o fato”, relata.

Daniel da Silva Luz salienta que agora o Ministério Público e Delegacia de Polícia estão indo em busca dos documentos necessários para eventual pedido de prisão. “Queria constar que não é o primeiro caso em Espumoso. Peço que os pais tomem atenção e cuidado, as principais ocorrências que temos é dentro de casa, com parentes. Então fica minha total repulsa a estes fatos de crimes contra crianças, mas todos têm que ser apurados corretamente, dentro do devido procedimento legal, sob pena de vir a prender pessoas erradas, não sei se é o presente caso, isso depende da apuração da polícia”, finaliza.