Audiência de instrução no Caso Paula Perin Portes será retomada em Soledade

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

A audiência de instrução do Caso Paula Perin Portes será retomada na próxima segunda-feira, 18/10, no Fórum da Comarca de Soledade. Ela havia sido suspensa no dia 12/08 por contratempos de ordem processual e probatório, e também por um requerimento dos advogados de três dos acusados.

A informação foi confirmada pela advogada da Família de Paula Perin Portes Salete Canelo. A expectativa é de que as instruções e oitivas tenha a duração de três dias (18, 19 e 20/10). Vão ser ouvidas testemunhas de acusação faltantes, as de defesa e os acusados pelo crime.

Conforme a advogada, a audiência terá continuidade após uma decisão do juiz do caso, José Pedro Guimarães sobre a maioria dos pontos questionados e que levaram a suspensão. Segundo ela, o despacho foi muito bem fundamentado e não atrapalhou a designação da retomada das audiências.

Relembre o Caso Paula

A denúncia do Ministério Público narra que na noite do dia 10 de junho um dos denunciados atraiu Paula para um imóvel localizado no bairro Fontes, em Soledade. Lá, em comunhão de vontades e conjugação de esforços com outros três comparsas, mataram a jovem de 18 anos por asfixia. Consta na peça que “para perpetrar o delito, um dos denunciados, dissimulando a intenção homicida, convidou a vítima, com quem já mantinha contato prévio por meio de redes sociais, para que se encontrassem sob o pretexto de ali confraternizarem”.

Em seguida, carregaram Paula até um veículo que foi estacionado por um dos acusados em frente ao local e a levaram até uma propriedade rural pertencente à família de outro dos denunciados, onde o corpo foi ocultado. Os demandados, inclusive, cobriram a terra revolvida com galhos e plantas. “Algum tempo depois da ocultação, após perceberem a enorme comoção gerada na comunidade pela morte brutal da jovem Paula e temendo que as autoridades policiais obtivessem informações a respeito do paradeiro do corpo ocultado, dois dos denunciados retiraram o cadáver do local inicial e o moveram até outra propriedade rural, na localidade Rincão do Bugre”, detalha a denúncia. O cadáver somente foi encontrado em 16 de agosto, mais de dois meses depois do homicídio.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Paula foi morta por motivo torpe, caracterizado por desejo de vingança nutrido por um dos denunciados por ela ter presenciado cenas de agressão praticadas por ele contra sua ex-companheira e também para que não contasse sobre o envolvimento dos denunciados com o crime organizado, com o tráfico ilícito de drogas e com cargas ilegais de cigarros.