Jovens debatem sucessão rural na Expodireto

Divulgação/Expodireto
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“Ninguém consegue viver sem o agronegócio”. A frase foi dita pela engenheira agrônoma e influenciadora do agro, Camila Lima, para alertar a nova geração sobre a importância de seguir o caminho dos pais e no campo. Camila foi a palestrante do 11º Fórum do Jovem Cooperativista, realizado na manhã desta sexta-feira (10), na 23ª Expodireto Cotrijal.

Conforme Camila, é essencial que as famílias conscientizem os jovens sobre os propósitos da atividade. O tema de sua palestra foi “O Agro, negócio da geração 5.0”.

“Precisamos mostrar o quanto, cada vez mais, podemos ter um campo produtivo, rentável e sustentável e o papel importantíssimo que a juventude possui. Temos que mostrar quem são os agricultores e pecuaristas no mundo de hoje, afinal de contas, ninguém consegue viver sem o agronegócio”, afirma Camila.

Opinião semelhante tem a jovem cooperativa Rauéli Larissa Barboza, 22 anos, que está concluindo o curso de Agronomia. Em breve, ela começará um estágio na área. Após a formatura, ela pretende prestar assistência na propriedade da família, em Não-Me-Toque, e atuar como engenheira agrônoma.

“No semestre passado, fiz um artigo sobre sucessão familiar e entrevistei meus amigos que cursaram Agronomia com o propósito de ficar na propriedade. O diálogo com a família foi fundamental para eles permanecerem no campo, principalmente, a conversa com os pais para saber se eles querem que o filho siga na atividade”, explica Rauéli.

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Retorno para o campo

Richard Heller, 30 anos, cursou Administração, fez pós-graduação em Comércio Exterior, trabalhou em uma empresa de equipamentos agrícolas e, há quatro anos, retornou para atuar na propriedade de sua família em Não-Me-Toque.

O jovem relata que a experiência de seguir os passos dos pais tem sido enriquecedora. Ele entende que o campo oferece grandes oportunidades e que há programas de incentivo e destaca que o fórum realizado pela Cotrijal deve ter sequência. Mas falta internet para manter mais jovens agricultores no campo.

“O fundamental, hoje, é a internet no campo, que já está sendo estruturada, mas ainda não está completa. Isso é um empecilho há vários anos e afeta, por exemplo, a questão da nota fiscal eletrônica, que não se consegue dar o start para ser obrigatória devido a esse problema de internet”, reflete Heller.

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