Artigo: A contribuição do brincar para crianças da pré-escola

Arquivo Pessoal
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Aline dos Santos Soldi
Acadêmica do curso de Graduação em Pedagogia da Universidade de Passo Fundo. E-mail: [email protected], orientanda da professora Me. Silvia Maria Scartazzini.

Resumo:Na escola, os docentes podem desempenhar importantes papeis, principalmente o de proporcionar aos alunos aprendizagens significativas, ao dar ênfase ao jogo simbólico, ao brincar livre e orientado para que as crianças da pré-escola possam imaginar, criar, expressar seus sentimentos, estimulando-as e dando possibilidades de expressão é uma importante maneira de bem realiza o trabalho docente e promover as referidas aprendizagens. Ao enriquecer o brincar em seus aspectos físico, motor, afetivo e intelectual possibilitando momentos de aprendizagem na interação com o outro e individual se estará promovendo espaços para que o brincar efetivamente contribua como desenvolvimento das crianças.Dessa forma o presente artigo nos aproxima de questões importantes da infância dando ênfase ao brincar na educação infantil, trazendo-o como fundamental para o desenvolvimento e para o aprendizado no período da infância.

 Palavras-chave: Brincar. Criança. Infância. Aprendizagens.

 Introdução

 As brincadeiras sempre tiveram relação direta ou indiretamente com o ser humano, por natureza a criança brinca explorando o meio que a cerca, através delas as crianças expressam seus sentimentos como alegrias, tristeza, dor, raiva, surpresa, timidez, entre outros.  Ao brincar os pequenos demonstram sua necessidade de interagir, colocar em prática seus desejos, suas emoções, idealizando seu mundo imaginário, construindo sonhos e se desenvolvendo.

A fim de propor para que a criança utilize a linguagem, oral e corporal como forma de expressão ajustadas as diferentes situações envolvendo o brincar livre, faz de conta, a fim de integrá-la no grupo, buscando o bem estar e a liberdade para que a criança possa se expressar da sua maneira. Como professores podemos pensar em formas de demonstrar vínculos afetivos atribuídos no brincar enriquecendo o faz de conta observando as habilidades e desenvoltura da criança.

É importante pensar em estimular uma criança dando a ela muitas possibilidades de expressão, não apenas representar o que o professor propôs.

Compreendendo a necessidade de elaborar brincadeiras satisfatórias que desenvolva os alunos nos aspectos físicos, motor e intelectual. Entendo que a educação infantil é a fase base para envolvê-los e desenvolve-los nesses aspectos.

A educação infantil é a base de ensino para aprendizagens futura. Sabemos que o brincar possibilita na vida infantil vivências que contribuem para que as crianças se preparem para a vida, que construam aprendizagens significativas, produtivas e com sentido, temos assim o brincar como um aliado, promovendo interação, alegria,desenvolvimento integral da criança.

Para a realização deste artigo utilizou-se a pesquisa bibliográfica, fundamentada na reflexão de leituras de livros, artigos e sites, bem como pesquisa de grandes autores como Vygostky, Moyles, Kishimoto. Sendo assim, nos impulsionamos para o saber, o pensar, o fazer, buscando na nossa profissão de Pedagogo o gosto pelo processo de pesquisa, pela necessidade de criar, impulsionar o desejo e a descoberta através da nossas construções,  dentro e fora da sala de aula.

Esse estudo nos aproxima de questões importantes da infância dando ênfase e importância ao ensino do brincar na educação infantil, trazendo-o como fundamentação para o aprendizado infantil.

Assim, temos como objetivo propor a criança diferentes formas de linguagens atribuídas por meio do brincar, como a expressão oral, corporal. Estabelecer vínculos afetivos, relacionando o brincar de faz de conta e a convivência em grupo. Enriquecer o brincar em seus aspectos físico, motor, afetivo e intelectual, possibilitando momentos de aprendizagem, interação e respeito à criança.

O texto está estruturado em duas partes, na primeira abordando o brincar como forma de vivência e expressão infantil que nos traz a criança, o faz de conta e a infância marcada pelo brincar. No segundo subtítulo temos as aprendizagens construídas quando damos ênfase no brincar servindo de aliado na construção de um ensino essencial na educação e para a vida da criança.

 O Brincar como forma de vivência e expressão infantil

Ao brincar a criança tem suas emoções representadas em seus atos, constrói, imagina, elabora, vive e projeta seu mundo, seus sentimentos, suas inquietações, sua forma de ver o mundo que a cerca.

Nascimento (2000,p.1) nos mostra que:

[…] brincar é tão importante para a criança como trabalhar é para o adulto. É o que a torna ativa, criativa, e lhe dá oportunidade de relacionar-se com os outros; também a faz feliz e, por isso, mais propensa a ser bondosa, a amar o próximo, a ser solidária.

A criança se imagina brincando, exerce papeis e se diferencia tornando-se única em suas particularidades, mostra suas preferências, seus gostos e as suas habilidades.

O brincar abre portas para que a criança tente resolver problemas relacionados com seu passado, presente e projete seu futuro.

Para Vygotsky (1998, p. 81),

O brincar é fonte de desenvolvimento e de aprendizagem, constituindo uma atividade que impulsiona o desenvolvimento, pois a criança se comporta de forma mais avançada do que na vida cotidiana, exercendo papéis e desenvolvendo ações que mobilizam novos conhecimentos, habilidades e processos de desenvolvimento e de aprendizagem.

Através do faz de conta a criança aprende sobre si mesma, sobre as ações e relações com outras pessoas e aprende lições importantes para sua vida adulta. Através da sua imaginação a criança sabe que pode ser o que ela quiser e isso eleva sua autoestima. Isso mostra que ela pode sonhar, fantasiar e por um momento viver diferentes personagens dentro de si.  “Ao prover de uma situação imaginativa por meio de uma atividade livre a criança desenvolve a iniciativa, expressa seus desejos e internaliza as regras sociais”. (KISHIMOTO, 2003, p.43).

Essas vivências de iniciativas, desde cedo, vão contribuindo com o desenvolvimento da criança do hoje, posteriormente o jovem e a frente um adulto com iniciativas, opiniões, características essas reproduzidas e aprendidas ainda na infância, na presença do brincar.

A infância tem uma característica muito forte marcada pelo brincar. Através do jogo ela também aprende desenvolve habilidade de empatia. O que nessa fase se torna crucial essa aprendizagem de ter a visão entre os dois lados. Para Kishimoto (2007, p.38) “o faz de conta promove o desenvolvimento cognitivo e afetivo social da criança”. A criança que brinca aprende com o próximo, e isso a ajuda a desenvolver sua autonomia, para a criança ter que se empenhar em resolver conflitos ou divergências que surgem isso é fundamental, eles perceberem que precisam pensar e agir, muitas vezes o professor não precisa intervir nesse processo até mesmo para dar essa liberdade aos alunos de resolver os pequenos conflitos, ou sua intervenção deve se dar no sentido de incentivar os pequenos a buscar a solução através do diálogo

Quando a brincadeira tem propósito e preferências, a criança encena fatos, imagina e constrói seus pensamentos, ocorre assim o exercício do jogo simbólico que é uma representação corporal e subjetiva caracterizado por recriar a realidade, estimular a imaginação e a fantasia da criança favorecendo a interpretação e ressignificação do mundo real.

Nestes momentos as crianças podem reviver situações em que lhe causam algum desconforto emocional. Elas também reorganizam as estruturas mentais no jogo simbólico, compreendendo a situação em que está vivendo. O que passa a fazer da brincadeira um momento de desenvolvimento.  Os jogos simbólicos são tudo aquilo que não faz parte do mundo real, o que vem da imaginação, como ser super heróis, fadas,princesas.

Vygotsky (1984, p.125), atribui relevante papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil, ao dizer que: “É brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos.

Brincando a criança desenvolve esse lado social, afetivo e interativo com as pessoas, com seu redor e com o mundo.

O brincar sócio dramático ou faz de conta, em sua maior parte, tem a ver com a natureza do papel e da interação social, enquanto outros tipos de brincar envolvem atividade corporal ou o uso e a exploração de objetos. (MOYLES, 2006, p.109).

Nas brincadeiras de faz-de-conta a criança demonstra seus interesses particulares, de uma livre escolha, podendo ser quem ela quiser a hora que desejar, trocar de personagem, escolher com quem quer dividir esse momento, construindo esse papel sozinha ou com um grupo de pessoas.

A contribuição de Moyles (2006, pág. 94) nos mostra que “o brincar é a maneira de a criança aprender, e que negligenciar ou ignorar o papel do brincar como um meio educacional é negar a resposta natural da criança ao ambiente e, na verdade, à própria vida!”.  Através da autora podemos entender a dimensão que tem o papel do brincar na vida de uma criança e as consequências que pode ter no passar dos anos quando não estimulado ou favorecido de maneira a contribuir para o seu desenvolvimento.

Nosso próximo enfoque nos mostra as aprendizagens que o brincar potencializa, sendo esse um dos motivos, para cada vez mais, levar a educação a sério.

Quais aprendizagens que o brincar potencializa?

Por meio das brincadeiras de faz-de-conta a criança tem condições de criar, e já consegue através da linguagem verbal ou não-verbal representar o que aprendeu no convívio com os demais de forma organizada.

Nessa abordagem sobre aprendizagens que o brincar potencializa, vemos a partir  de Moyles (2006, p.109) que o brincar promove não apenas aprendizagens intelectuais, mas também favorece as habilidades de linguagem e do  desempenho de papeis.

Muitos teóricos afirmam que o brincar traz benefícios intelectuais. O brincar sociodramático pode favorecer as habilidades de linguagem e de desempenho de papeis, enquanto o brincar construtivo pode incentivar o desenvolvimento cognitivo.

Possibilitar atividades prazerosas na escola,inclui o brincar, momentos onde a criança reage sobre suas preferências, também é a maneira de promover o envolvimento adulto/criança principalmente no faz-de-conta, trazendo confiança e socialização com adultos também o que não deixa de ser menos importante.

Assim podemos dizer que o brincar é o principal meio de aprendizagem na primeira infância, acerca de tudo que até aqui abordamos e que ainda falaremos no decorrer desse assunto.Vigostsky (1998, p.81), contribui como tema ao dizer que, “o brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas formas de construir relações sociais com outros sujeitos, crianças e/ou adultos’’.

Construindo relações sociais, nos tornamos a melhor parte de uma instituição que busca, compreender e respeitaras crianças, procurado sempre melhorar e unir o grupo.

Aprendizagens importantes nos trazSmith (1982, p.109), ao descrever quatro categorias de brincadeiras: brincadeiras locomotoras, tais corno as que envolvem correr, pular, saltar; brincadeiras com objetos, tais corno empurrar, sacudir, puxar, apertar; brincadeira social, que pode ser vista de duas maneiras: o brincar que envolve contato físico,como brincar de pegar ou de luta, e o brincar que não envolve contato físico, corno por exemplo, montar blocos, quebra-cabeças; brincadeira de faz-de-conta (ou de fantasia) na qual o sentido primário dos objetos e ações são transformados para se adaptarem à situação imaginária.

A partir dessas brincadeiras o educador pode envolver o aluno de maneira a torná-lo coautor da sua própria aprendizagem, tornando a escola um ambiente alegre propício e incentivador.

Seguindo com o jogo simbólico que usa do faz de conta, caracterizada por recriar a realidade a criança entende que pode fazer sozinha e ou com oura pessoa. E no brincar sócio dramático ocorre o aparecimento da representação e da linguagem, permitindo a entrada do imaginário como a expressão de regras implícitas que se manifestam nos temas das brincadeiras.

Uma das aprendizagens importantes construídas é a relação social com os demais no grupo, por meio do brincar isso se intensifica e nos mostra que brincando a criança só tem a ganhar. Brincando ela reflete e isso a transforma.

Oliveira (2000, p.26), aponta o ato de brincar como:

[…] sendo um processo de humanização, no qual a criança aprende a conciliar a brincadeira de forma afetiva criando vínculos mais duradouros. Assim as crianças desenvolvem sua capacidade de raciocinar, de julgar de argumentar, de como chegar a um consenso, reconhecendo como isso é importante para dar início a atividade em si.

O papel do adulto é fornecer uma estrutura dentro da qual as crianças possam interagir – é contestar, definir problemas a serem resolvidos, incentivar as crianças a testarem ideias e talvez o mais importante, mostrar as crianças estratégias pessoais de aprendizagem.

Em Moyles (2006, p. 108), vimos que, “muitos educadores vêem o brincar como sendo algo exclusivo das crianças e acham que o brincar de faz de conta, ainda mais que outras formas de brincar permitem que as crianças operem sem os adultos quase como uma forma de terapia.”

Há uma grande diversidade nos tipos e possibilidades de brincar, se faz necessárias a orientação e estimulação do professor. Também é interessante o brincar livremente fazendo deles os autores das suas obras, imaginação e criação. Isso ajuda a criança confiar em si mesma, a interagir e conviver socialmente.

Na escola de educação infantil, a relevância de um ensino planejado, com uma metodologia bem elaborada faz toda a diferença. A criança poder ir além desde cedo, tornando-se cada vez mais um ser encorajado a pensar e a fazer, a partir ou não das propostas do professor.

Segundo Oliveira. (200, p.24):

[…] o brincar não significa apenas recrear, é muito mais, caracterizando-se como uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento acontece através de trocas recíprocas que se estabelecem durante toda sua vida.Assim, através do brincar a criança pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.

“O brincar é um dos principais processos e uma das atividades mais presentes na infância, em que são construídas as capacidades e as potencialidades da criança”. (MOYLES, 2002; PEREIRA, 2002, p.124).

Deixando-a brincar, escolhendo um ambiente seguro, onde a criança pode espalhar seus brinquedos ou construir novas possibilidades a partir do que se tem, torna esse lugar propicio a um raciocínio e prazer. A adulto que entra no local para brincar e não dar ordens, que possibilita um brincar onde haja várias possibilidades em um brinquedo só, torna a brincadeira bem mais interessante.

Citando Moyles (2006, pág. 26), vemos a contribuição do faz de conta e os papeis assumidos pela criança:

No brincar sociodramático, ou o faz de conta a criança demonstra uma crescente consciência do seu entorno social, assumindo papeis sociais conscientemente e ao fazê-lo vivenciam ativamente relacionamentos humanos, por meio da representação simbólica, enquanto o brincar construtivo pode incentivar o desenvolvimento e a formação de conceitos.

A diferença significativa entre o brincar sociodramático e o brincar simbólico é que nesse último a criança pode brincar sozinha. O brincar simbólico é imitativo e se vale de experiências de primeira ou segunda mão, utilizando objetos reais ou imaginativo.

Conforme sua maturidade a criança também brinca em etapas, quando ela é menor precisa dos objetos para dramatizar uma ação.

A partir dos dados construídos ao longo do artigo podemos destacar que o brincar possibilita inúmeras aprendizagens como aprender conviver, respeitar, interagir, associar, brincando a criança se completa em seus aspectos físico, motor, afetivo e intelectual possibilitando que de uma forma lúdica e consistente ela internaliza essas aprendizagens ela levará para a vida.

Considerações Finais

Considera-se, a partir do estudo realizado, que a criança aprende enquanto brinca e conforme brinca ela interage, cria, reproduz, induz seu pensamento, se conhece e conhece o outro. Aprende a respeitar, esperar, pensar, ter atenção, trabalha o hábito de concentrar-se, da afetividade e de outras habilidades, como o autocontrole.

Vimos também que o brincar possibilita o desenvolvimento motor físico, afetivo, cognitivo, cultural e social na criança. Sendo assim essa etapa deve ser olhada minuciosamente no fazer escolar e trabalhada de maneira a desenvolver intelectualmente e fisicamente esses alunos.

A criança precisa brincar de forma a exercer o simbolismo para estabelecer relações sobre o modo de se relacionar com as pessoas, com si própria e com o mundo, o professor será o norteador de um planejamento ligado ao interesse e construção dos alunos, respeitando e buscando a compreensão desse universo infantil.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm / http://www.avm.edu.br/monopdf/7/ROSARIO%20DE%20FATIMA%20CARDOSO%20SANTOS.pdf. / http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0351.pdf

KISHIMOTO, TizukoMorchida, et al. Jogo, Brinquedo, Brincadeiras e a Educação. São Paulo: Cortez, 2007.

MACHADO, José Ricardo Martins; NUNES, Marcus Vinícius da Silva. Educação Física na Educação Infantil. Rio de Janeiro: Wak, 2012.

MOYLES, J. R. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Porto alegre: ARTMED, 2002. 200.

MOYLES, J.R. (2006). A excelência do Brincar. Porto Alegre: ARTMED, 2006.

Concepção do Brincar e Aprender na Visão de Piaget e VygotskyPORTAL EDUCAÇÃO/ ARTIGOS.Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/concepcao-do-brincar-e-aprender-na-visao-de-piaget-e-vygotsky/32223. Acessado em 10/10/2019.

NASCIMENTO, K. Sandra. Desenvolvimento infantil: a importância de brincar. Revista Alô Bebê, São Paulo, n.3, 2000. Disponível em:http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV117_MD1_SA9_ID3135_17092018203853.pdf. Acesso: 13/11/2019.

NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: PRODIL, 1994.

OLIVEIRA, Vera Barros de (org). O brincar e a criança do nascimento aos seis anos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

VIGOSTKY, Lev Semenivch. A Formação Social da mente. São Paulo: Martins Fontes,  2003.


* Artigo elaborado para conclusão do Curso de Graduação em Pedagogia, da Universidade de Passo Fundo, novembro de 2019.