Artigo: Como despertar o gosto pela Matemática

Por Bruna Karal

RESUMO O professor de Matemática vem enfrentando momentos angustiantes, quanto ao que se refere às questões de aprendizagem por ser uma área que trata da complexidade dos números e principalmente por estarmos vivendo em uma sociedade totalmente competitiva e tecnológica, competir com a tecnologia não é tarefa fácil. E para que nossos alunos consigam seguir uma sociedade em constante modificação é de extraordinária importância o domínio da Matemática, pois ela está presente no nosso dia a dia. Sabemos que, para obter uma aprendizagem significativa faz-se necessário despertar no educando o gosto pela disciplina, mantendo-os motivados pelo saber, pois é impossível gostar do que não se conhece. O professor deve atuar como mediador e é dele também a responsabilidade de suprir as dificuldades dessa disciplina. Faz-se necessário então que o professor interfira no conceito pré-formado que o aluno tem de que a “Matemática é difícil.” E para isso, é de extrema importância que o professor conheça profundamente o que vai ensinar e como vai ensiná-los fazendo uso de uma metodologia clara e diversificada só assim ele poderá despertar no aluno a curiosidade e a motivação o que levara a aprender a pensar, raciocinar e obter uma aprendizagem satisfatória a qual os qualifique a ocupar um espaço no mercado de trabalho que a cada dia está se tornando mais competitivo.

PALAVRAS-CHAVE: Matemática. Motivação. Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

Este artigo foi formado a partir de uma pesquisa bibliográfica, tendo como objetivos, proporcionar ao professor a suma oportunidade de reflexão sobre o ensino da matemática podendo ser um grande prazer para algumas pessoas e um grande desespero para outras. Inicialmente é necessário acabar com todo o preconceito que muitas pessoas carregam por ter tido algum trauma no passado com essa grande ciência, seja porque não soube responder o resultado de uma multiplicação ou simplesmente por achar que a matemática é difícil. A matemática está presente em todos os segmentos da vida e em todas as tarefas executadas do nosso dia a dia, seja na compra de um simples pão como na aplicação de um grande investimento financeiro. Assim, ao acordar, o despertador expressa as horas utilizando o princípio da contagem do tempo, ao fazermos uma refeição utilizamos o conceito da proporção, e assim por diante. Devemos ter sempre em mente que a matemática surgiu da necessidade do ser humano interpretar e representar os fenômenos da natureza, ou seja, a Matemática nada mais é do que uma interpretação da Natureza. Por isso dizemos que a Matemática está em todos os lugares. Se você domina os conhecimentos matemáticos você estará em harmonia com a Natureza e poderá se antecipar e solucionar problemas com maior facilidade. 

OS ÍNDICES DE REPROVAÇÃO NAS ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS.

Para ensinar e aprender matemática em um mundo predominantemente tecnológico é difícil e até misterioso. É tarefa que exige muita dedicação, ela foi desenvolvida pelo homem em função de suas necessidades de sobrevivência no meio social, e mesmo assim não podemos desanimar perante resultados negativos como os altos índices de reprovação nas escolas públicas e privadas. Uma educação voltada para uma intencionalidade tem que haver uma organização mais substancial na construção do currículo. Favorecendo um plano em que o currículo seja significativo para os alunos. Ao desprezar a visão tradicional do currículo como organizador de conteúdo, e reavaliar o conceito do mesmo atribuindo seu significado como projeto educativo a ser construído com base nas necessidades de um grupo e na sistematização de conceitos próprios, estamos dando a aprendizagem uma forma real e significativa para seus educandos.

O mundo está em movimento acelerado de transformações e a escola, como veículo socializador, deve oferecer um currículo que acompanhe essas mudanças para que não se torne algo obsoleto, sem funcionalidade quando relacionarmos com outras instâncias de informações tão próximas e tão presentes na vida da humanidade. O mundo está em processo de transformações contínuas. As mudanças ocorridas na sociedade devem estar conectadas com a escola, pois a função da mesma é possibilitar o crescimento intelectual, crítico e participativo dos cidadãos, sendo ele o melhor meio para disseminar essa cultura.

Desta forma, é necessário que a mesma reveja os seus conceitos, assim como seu processo, pois os índices de alunos repetentes na última etapa da educação básica no Brasil vêm aumentando. Com isso o Inep vem demonstrando uma queda negativa que aumenta a cada ano, e o que mais chamam atenção com relação às reprovações são os alunos que realizam a matricula e não frequentam, ou seja, a evasão escolar. Família e escola   devem trabalhar em conjunto na busca de uma educação de qualidade acreditando em melhorias para o futuro.

Os Parâmetros 8 Curriculares Nacionais – PCN’s (1997. p.31) tem desempenhado importante papel no objetivo de destacar algumas diretrizes relacionadas com a Matemática e trazer algumas reflexões sobre as mesmas. É importante salientar:

[…] que a Matemática deverá ser vista pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu raciocínio, de sua sensibilidade expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imaginação.

Para mudar esse quadro, de acordo com INEP, seria necessária uma verdadeira “revolução’’ do ensino no Brasil, ou a organização educacional no todo, o mundo atual é rapidamente mutável, a escola necessita de mudanças que vão desde as condições matérias de vida até as condições pré-formadas em que muitos indivíduos demostram resistência as mudanças. Do contrario, fica difícil ocorrer a mudança a qual desejamos de criar, mudar e inovar para obtermos estes resultados necessitamos de pais, professores e alunos motivados e comprometidos na busca pelo conhecimento.

Segundo Brito (1996, P.295),

Não é a Matemática que produz atitudes negativas. Aparentemente, elas se desenvolvem ao longo dos anos escolares, muito relacionadas a aspectos pontuais: o professor, o ambiente na sala de aula, o método utilizado, a expectativa da escola, dos professores e dos pais, a auto -percepção do desempenho, etc.

A Matemática é uma ciência em constante evolução, pode ser considerada um corpo de conhecimento constituído por teorias desempenhando o papel da ciência na sociedade. Porem a Matemática para mim não é um processo mecânico, pois existem maquinas que fazem esse trabalho mais rápido logicamente que os matemáticos.  Contudo, nenhuma das inovações tecnológicas substitui o trabalho clássico na disciplina, centrado na resolução de problemas. Estratégias como calculo mentais contas com algoritmos e criação de gráficos e de figuras geométricas com lápis borracha papel, régua esquadro segue sendo essenciais para o desenvolvimento do raciocínio Matemático. Deve-se sim introduzir os recursos tecnológicos nas aulas, mas com cuidado de pontuar que eles não fazem mágica. Ao contrário, sua utilidade se aplica apenas em situações especificas.

Então, se o aluno conhece as teorias e compreendem as soluções ele absorve o saber, ele cria o gosto pelo simples ato de poder resolver e encontrar o seu próprio conceito. Mas para isso, o raciocínio lógico deve ser proporcionado pelo professor, aquele mediador do conhecimento, como cita Paulo Freire. “Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar o mundo, o que não se faz sem abertura ao risco e à aventura do espírito” (FREIRE, 1999).

A Matemática sempre esteve presente na vida do homem, desde os tempos mais remotos, em que ele vivia da caça e da pesca, já se utilizava da matemática. No entanto, sabe-se que a criança mesmo antes de entrar na escola, ela já traz consigo algumas noções de cálculos e números, penso, nesse dialogo com Ensino Fundamental os alunos de 4º e 5º anos principalmente nesse tempo devemos desempenhar o papel de mediar o entendimento do porque estudar matemática, portanto o professor deverá incluir atividades e habilidades que eles visualizem a matemática no seu dia a dia.

Um projeto que vem dando certo é a Olimpíada Brasileira da Matemática, a OBMEP este projeto consiste em valorizar o aluno que dês empenha seus esforços na prova, e idealiza seus objetivos para a vitória no prêmio estabelecido. Tudo que se criam expectativas se obtém bons resultados, então, esse projeto da OBMEP, desenvolve no aluno o desejo de vencer, ele acredita ser o vencedor conquistar o prêmio, e isto perante aos outros alunos, fica a expectativa de acreditar que eu sou capaz também. Com isso, cresce a cada dia o desempenho dos alunos nessas avaliações.

Contudo são inúmeros fatos concretos para desmotivar o gosto pela matemática, por isso a escolha do referente trabalho, contudo para ler, aprofundar conceitos básicos e ativar em mim mesma os reais fatos desse conceito.’’ Matemática o bicho papão’’.

Dessa forma, percebemos que hoje na realidade não existe uma disciplina especifica de não gostar e sim um fato real. O aluno não se deixa estimular pelo gosto de estudar, e de compreender, ele busca o sentido determinante de tudo. Ele busca o requisito de receber tudo pronto e isso resulta em uma sociedade de indivíduos desmotivados para aprendizagem e a qualidade dos profissionais, sobressaindo a quantidade sobre a qualidade.

Mas especificamente somos nos educadores que nunca devemos acreditar em desmotivação, mesmo em dias difíceis, precisamos acreditar inovar e criar, trazer para a sala de aula esse gosto para que as aulas de matemática ou quaisquer outras tenham relação humana com a ciência.

Atualmente o tema dificuldade no aprendizado em Matemática tem sido objeto de pesquisas, palestras, encontros, com o objetivo de descobrir as origens de tantos problemas no ensino. Algumas questões são recorrentes nestes debates e pesquisas, tais como: A deficiência está no próprio sistema de ensino? Os professores não estão conseguindo lidar com o processo? Os alunos não estariam desmotivados? O que leva o aluno a não conseguir aprender Matemática e/ou outras disciplinas? Além dessas, muitas outras questões vêm sendo levantadas a fim de buscar uma resposta e possíveis soluções para os problemas enfrentados atualmente na educação. No que diz respeito à motivação- aprendizagem enfatiza-se importância de muitas problemáticas no intuito de que o aluno aprenda realmente e essa motivação vai desde um trabalho diferente ate um simples elogio poderão ser peças importantes para montar os quebra-cabeças. Assim, sobre essa relação ressalva salientar o querer do aluno. E, contudo, essa força do educador para com o educando for capaz de valorizar o ato de ele saber criticamente resolver problemas do dia a dia e de outras áreas da atualidade, assim o gosto pela matemática terá seus conceitos mudados perante o desenvolver das capacidades do aluno.

Sabe-se que a evolução e a transmissão dos conhecimentos se propagam velozmente e que a formação do professor não dá conta dessa demanda, as exigências perante a ação educacional são grandes. O professor como pesquisador é fundamental, porém acredito que é necessário possibilitar a construção de um currículo renovador, onde tanto o professor quanto o aluno possa ser o mediador desta construção, Pimenta (2002) confirma essa hipótese referindo-se que a formação inicial, por melhor que seja não dá conta de colocar o professor à altura desta responsabilidade através de seu trabalho, assim como das novas necessidades que lhe são exigidas para melhorar a qualidade social de escolarização.

MATEMÁTICA, DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM: IMPLICAÇÕES PARA O TRABALHO NA SALA DE AULA

A educação historicamente coloca a discussão sobre a produção e difusão do conhecimento matemático, nesse estudo, pautamos nossa compreensão no sentido entre desenvolvimento e aprendizagem essa articulação vem sendo discutida desde o início do século XX e, ainda assim, é possível notar nas tentativas de reformas curriculares, artigos e propostas de cursos um conjunto de ideias que indicam a presença dessa dificuldade de mudança conceitual. Não atentar adequadamente para a relação entre desenvolvimento e aprendizagem traz consequências para as concepções de ensino e suas implicações na prática pedagógica, em especial para a forma de organização curricular. Não permite perceber, por exemplo, que o processo de conhecimento não é linear nem progressivo, isto é, pode dar saltos e reviravoltas.

A experiência escolar com a ciência matemática é uma ação que vem se somar ao fazer do indivíduo, isto é, insere-se em um processo contínuo de desenvolvimento que se iniciou antes do seu processo de escolarização de modo que o sujeito já detém certas formas.  Além das dimensões científica e tecnológica, a Matemática se consolida como fundamental componente da cultura geral do cidadão que pode ser observada na linguagem corrente, na imprensa, nas leis, na propaganda, nos jogos, nas brincadeiras e em muitas outras situações do cotidiano.

Resumidamente, a discussão sobre o problema da formação de conceitos matemáticos deve considerar como teses centrais da ação na situação de ensino e de aprendizagem as perspectivas de:

  1. Contextualização: consideração no trabalho pedagógico com Matemática dos aportes socioculturais do alunado para criar condições de se considerar na matemática escolar situações vivenciadas pelos alunos fora da escola, o que se poderia denominar de matemática cultural, isto é, as diversas formas;
  2. Desenvolvidas pelos diversos grupos sociais, de modo a permitir a interação entre essas duas formas de pensamento matemático.
  3. Historicamente: mostrar aos alunos a forma como as ideias matemáticas evoluem e se complementam formando um todo orgânico e flexível, mas rigorosamente articulado, é pressuposto básico para se compreender a Matemática como um processo de construção. Não é possível construir aquilo que está pronto. Talvez a mais importante implicação teórico-metodológica de uma proposta de formação de conceitos em Matemática seja a compreensão do educador como mediador do processo de construção do conhecimento, criando situações pedagógicas para que a criança exercite a capacidade de pensar e buscar soluções para os problemas apresentados.

De acordo com Kami, (1995, p.201),

Quando o professor sabe o que ele está fazendo e pode justificar sua atividade com uma teoria científica, os pais passam a acreditar em seu conhecimento e em seu juízo profissional. Assim como eles acreditam no treinamento científico dos médicos, eles acreditam nos professores que baseiam suas atividades em pesquisas contemporâneas.

Através de ações sobre os objetos, inventando e descobrindo relações, estruturando o seu pensamento lógico – matemático, especialmente no que respeita às noções de quantidade e medida e exploração sensorial do mundo físico, é que a criança encontrar a condições para evolução da representação simbólica da Matemática. Número, operações, resolução de problemas, espaço, forma, tempo, etc. não são noções que se desenvolvem nas crianças apenas mediante repetição, por simplesmente ouvir falar. Segundo Mora (2003, p.49):

A Matemática somente será entendida, aprendida e dominada, pela maioria das pessoas, quando sua relação com elas estiver baseada, em primeiro lugar, no trabalho, ativo, participativo e significativo dos sujeitos atores do processo educativo; em segundo lugar, como parte da estrutura formativa geral básica de todo o ser humano.

A preocupação em discutir as diretrizes gerais de um processo de ensino de Matemática situado na perspectiva da formação de conceitos impõe considerar a dinâmica de trabalho pedagógico desenvolvida por professores e alunos, sobretudo indicar os princípios e encaminhamentos metodológicos norteadores dessa ação.

O papel do professor no processo de aprendizagem do aluno é de extrema importância, pois sua postura e atitudes podem auxiliar o aluno em seus objetivos ou prejudicar ainda mais, caso haja algum transtorno de aprendizagem.

O professor deve estar sempre atento às etapas do desenvolvimento do aluno, colocando-se na posição de facilitador da aprendizagem e calcando seu trabalho no respeito mútuo, na confiança e no afeto (Drowet, 1995).

O aluno, quando interpreta dados e informações, o faz dentro de um referencial cujo aspecto mais fundamental é o histórico de suas experiências anteriores. A dissociação entre a forma e o conteúdo do ensino de Matemática não permite aos alunos apreender a estrutura de um assunto; apreender tal estrutura significa aprender como as coisas se relacionam. Pensar em aprendizagem significativa implica assumir o fato de que aprender pressupõe uma ação de caráter dinâmico, o que requer ações de ensino direcionadas para que os alunos aprofundem e ampliem os significados que elaboram mediante seus envolvimentos em atividades de aprendizagem.

Por isso, o uso dos recursos da comunicação nas aulas de Matemática justifica se porque ao comunicar ideias e maneiras de agir, os alunos precisam refletir sobre o que fizeram ou pensaram construir esquemas mais elaborados de pensamento, organizar mentalmente pensamentos e ações, para avançar com competência no processo de conhecimento. Além do exposto, as habilidades relacionadas à comunicação, como falar, ler, escrever, desenhar e as habilidades relacionadas ao fazer matemático podem desenvolver-se uma auxiliando a outra, uma como alternativa de acesso à outra, em processo dialético de complementaridade. Isto posta, em razão dessas premissas concernentes à articulação entre teoria e prática em ensino de Matemática, analisou, a seguir, alguns aspectos específicos dos programas dessa área do conhecimento cujo desenvolvimento implica nas ações pedagógicas fundamentais para uma mudança de postura nas práticas de professores e alunos no contexto do processo ensino – aprendizagem da Matemática. Os transtornos causados pelo ensino tradicional da matemática atingiram tal proporção que foi necessário que estudiosos da área iniciassem um estudo, na década de 70, sobre Educação Matemática que atingiu os matemáticos do mundo inteiro.

Estudaram soluções e técnicas de como aplicar métodos diferenciados de avaliação, fazendo relação com a vida do aluno, relacionando a matemática com a psicopedagogia. Esse movimento atingiu o Brasil com o surgimento, em 1997, do Parâmetro Curricular Nacional (PCN). Os participantes do movimento da Educação Matemática acreditam que esse documento contém informações necessárias para um excelente ensino da matemática, contudo, alguns matemáticos não concordam com tal afirmação.

Podemos concluir que o problema do mau aprendizado da matemática não é só uma responsabilidade dos profissionais e alunos de hoje e sim um problema histórico, A sua evolução está associada à inserção do indivíduo, no mundo do trabalho, no da cultura e no das relações sociais. O mercado de trabalho exige profissionais atentos, criativos, polivalentes, portanto, a matemática tem como objetivo promover uma educação que coloque o aluno em contato com desafios que possam desenvolver soluções com responsabilidade, compromisso, possibilitando a identificação de seus direitos e deveres.

CONCLUSÃO

Diversos fatores podem causar dificuldades de aprendizagem em Matemática, sejam eles afetivos cognitivos ou mesmo físicos. É imprescindível que haja uma preocupação maior com relação à educação do indivíduo na sociedade. Lidar com o aprendizado em Matemática se torna complexo a partir do momento em que não são sanados problemas que advém de muito tempo ou pelo menos que se trabalhe para a melhoria da qualidade do ensino. É importante que o sistema de ensino esteja adequado à realidade do aluno e que busque alternativas para desenvolver o cidadão de forma íntegra e participativa.

O trabalho conjunto entre escola, pais, professores e alunos são imprescindíveis para que os problemas possam ser mais bem tratados e acompanhados ou até mesmo com que se evitem possíveis transtornos. Verificamos que os professores acreditam que é essencial para o ensino de matemática mostrar a sua finalidade quando possível, mas ainda existe uma necessidade dos professores de matemática conhecer como relacionar alguns assuntos com aplicações na vida futura e, além disso, esses docentes teriam que se comunicar mais, trocar idéias que deram certo, bem como discutir as falhas, aprendendo com situações que podemos relacionar o assunto estudado com situações reais que são essenciais para que o aluno possa entender o significado desse estudo.

Não se pode entender que educadores se isolem com os seus problemas ou com seu sucesso alcançado com uma estratégia de ensino. Para que as habilidades em relação ao ensino da Matemática sejam alcançadas, faz-se necessário o empenho e envolvimento de todos, englobando mudanças de métodos de ensino, formação e trabalho do professor e hábitos de estudo e interesse dos alunos ter humildade para pedir ajuda se for o caso, faz-se necessário  uma nova visão diante do modelo atual sob o qual acontece o ensino da Matemática, de modo que o aluno perceba sua importância e utilidade vivenciando experiências agradáveis, capazes de favorecer o desenvolvimento de atitudes positivas, que, por sua vez, conduzirão a uma melhor aprendizagem e ao gosto pela matemática.

Podemos concluir que o problema de aprendizado da matemática não é só uma responsabilidade dos profissionais e alunos de hoje e sim um problema histórico, pois encontramos resistência entre professores e alunos à mudança sendo este um desafio a ser superado.

REFERÊNCIAS       

 BRITO, M. R. F. Um estudo sobre as Atitudes em Relação à Matemática em Estudantes de 1º e 2º graus. Tese de Livre Docência não Publicada, UNICAMP, Campinas, 1996.

DAVIS, P. J. e HERSH, R. A experiência matemática. Tradução de João B. Pitombeira.Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1986.

D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Por que se ensina Matemática? Disponível em: < http://www.ima.mat.br/ubi/pdf/uda_004.pdf>. Acesso em:

 DROWET, Ruth Caribe da Rocha. Distúrbios da aprendizagem. São Paulo: Ática, 1995.

MORA, David. Apredndizage y ensenãnza: Proyectos y estratégias para una educación matemática del futuro.LaPaz, Bolivia: Campo Iris, 2003.

NIDELCOFF, Maria Teresa. A Escola e a Compreensão da Realidade. São Paulo: Brasiliense, 1979.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Matemática / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/ SEF,1997.

KAMII, Constance. Desvendando a Aritmética. São Paulo: Papirus, 1995.

 


 

* Bruna Karal, licenciada em Educação Física e Matemática, Pós-graduação em Educação Física Escolar com Ênfase na Inclusão, Educação Infantil, Gestão Escolar (Administração, Supervisão e Orientação).